O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está realizando um processo de revisão de benefícios que já resultou no cancelamento de quase metade dos auxílios analisados até o momento. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Previdência Social.
Desde o início da operação, em julho, o INSS revisou cerca de 238 mil pedidos de auxílio, dos quais 133 mil foram cancelados, representando aproximadamente 48% do total. A economia gerada até agora é estimada em R$ 1,3 bilhão, valor que o governo teria pago aos beneficiários até o fim do ano. Esse montante corresponde a 55% da meta de economia, que é de R$ 2,9 bilhões.
O processo está sendo facilitado pelo uso do sistema Atestmed, que automatiza a concessão de benefícios por incapacidade temporária, como o auxílio-doença. Com o Atestmed, os segurados não precisam comparecer fisicamente a uma perícia médica, apenas enviar o atestado para análise.
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De acordo com Adroaldo da Cunha Portal, secretário do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), essa nova ferramenta permite que os profissionais do INSS se concentrem na revisão de benefícios antigos. Antes, as perícias eram marcadas com meses de antecedência, exigindo a presença física para entrega de documentos.
O sistema também ajuda a detectar possíveis fraudes, como atestados emitidos com a mesma caligrafia em diferentes cidades ou com carimbos divergentes. Esses casos são encaminhados para investigação, e na maioria das vezes os benefícios são cancelados.
Para manter o direito ao auxílio-doença, especialistas recomendam que os beneficiários mantenham seus documentos médicos atualizados e realizem consultas regulares para reavaliação de sua condição de saúde. Documentos antigos, como laudos de mais de dois anos, podem gerar desconfiança e levar ao cancelamento do benefício.
Pessoas que podem ser chamadas para revisão incluem aquelas que recebem aposentadoria por invalidez há mais de dois anos sem revisão, quem recebe auxílio-doença há mais de 12 meses sem reavaliação, inscritos no Cadúnico que recebem o Bolsa Família, e beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) que não passam por avaliação há mais de quatro anos, entre outros grupos.
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