A população brasileira sofre, há muito tempo, com as arboviroses, também conhecidas como viroses causadas por vírus transmitidos por mosquitos. Os vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, causadores de doenças como dengue, zyka, chikungunya e febre amarela, são grandes exemplos disso.
Esse sofrimento da população brasileira pode estar perto de ser atenuado. Um novo estudo realizado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) apresentou um novo teste capaz de identificar o vírus de forma rápida, facilitando o tratamento. Baseado em uma outra pesquisa da UFF para identificação da Covid-19, o teste utiliza nanopartículas de ouro para detectar proteínas específicas do organismo e indicar infecções.
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A pesquisa, ainda em estudos de viabilidade, pode facilitar a identificação e tratamento de pacientes que possuem sintomas comuns às arboviroses.
“Os sintomas de doenças como dengue, zika e chikungunya são muito parecidos, o que dificulta a identificação clínica sem um exame laboratorial preciso. Decidimos, então, adaptar a metodologia que já tínhamos utilizado com sucesso para a Covid-19”, explicou a professora Célia Machado Ronconi, orientadora do estudo, em publicação da UFF.
As nanopartículas de ouro são capazes de se ligar a uma proteína presente no sangue de pessoas infectadas por zika, chamada de NS1. Em pessoas que não estão infectadas pelo vírus, as partículas se agregam. Neste caso, a identificação do zika fica mais fácil.
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O próximo passo do estudo é aplicar o teste a amostras reais do plasma sanguíneo de pacientes. Segundo a professora, o estudo pode contribuir para a saúde pública brasileira como um todo.
"A detecção rápida e a diferenciação entre arboviroses podem evitar a sobrecarga nos sistemas de saúde, que frequentemente enfrentam desafios com a grande demanda por testes laboratoriais tradicionais, que demoram dias para fornecer resultados", explicou.
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