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INVESTIGAÇÃO

Fernandinho Beira-Mar ordena roubos de carga no RJ

Operação contra Fernandinho Beira-Mar e CV: 28 mandados de busca por roubos de carga de R$ 4 milhões. Investigação revela ligação com tráfico e facções. Entenda a atuação do tráfico e suas consequências.

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Imagem ilustrativa da notícia Fernandinho Beira-Mar ordena roubos de carga no RJ camera Traficante Fernandinho Beira-Mar | Reprodução

O traficante Luiz Fernando da Costa, conhecido como Fernandinho Beira-Mar, é alvo de uma operação conjunta da Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Promotoria, nesta terça (10).

A ação, que integra mais uma etapa da Operação Torniquete, cumpre 28 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de integrarem o CV (Comando Vermelho) acusados de roubos de carga, que geraram prejuízos estimados em R$ 4 milhões, de acordo com a investigação.

A reportagem não localizou a defesa de Beira-Mar.

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Os alvos foram denunciados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) por envolvimento com o tráfico de drogas.

Beira-Mar, apontado como líder da organização criminosa, é um dos alvos de mandado de busca e apreensão, cumprido na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, onde está preso.

Mesmo encarcerado desde 2002, ele teria ordenado os roubos diretamente da prisão, segundo a denúncia da Promotoria.

Considerado uma das principais lideranças nas comunidades Parque das Missões e Jardim Ana Clara, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Beira-Mar tem 89 anotações criminais.

De acordo com a investigação, os roubos de carga só ocorrem com sua autorização ou de outro traficante conhecido com Zé Galinha, também detido em presídio federal.

As investigações apontam que a quadrilha é responsável por roubos de carga nas principais vias expressas do estado, incluindo a avenida Brasil, a rodovia Washington Luiz e a rodovia Rio-Magé. Em contrapartida por oferecer apoio logístico e áreas nas comunidades sob seu controle para o transbordo das cargas roubadas, a facção cobraria 50% do lucro.

O promotor Fabio Corrêa, coordenador do Gaeco, afirmou que os roubos são utilizados para fortalecer a atuação das facções criminosas.

"O roubo de cargas não é um crime isolado, mas parte de uma engrenagem criminosa que financia atividades ainda mais prejudiciais à sociedade, como a aquisição de armamentos pesados e a expansão territorial dos grupos armados. Esses crimes revelam o grau de sofisticação das facções, que buscam perpetuar seu poder e ampliar sua influência, sustentando o tráfico e suas operações", disse.

A operação conta com apoio da Polícia Federal e da Seap (Secretaria de Administração Penitenciária).

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