Na manhã deste sábado (14), Walter Souza Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022, foi preso pela Polícia Federal. A prisão ocorreu em sua residência no Rio de Janeiro. Braga Netto ficará detido no quartel da 1ª Divisão de Exército, localizado na mesma cidade, organização que é subordinada ao Comando Militar do Leste. Curiosamente, ele mesmo chefiou esse comando entre 2016 e 2019.
A detenção do general ocorre no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A operação mobilizou reações imediatas de políticos e autoridades nas redes sociais, destacando a importância de responsabilizar os envolvidos em ações contra a democracia.
Repercussão de políticos e autoridades nas redes sociais
Diversos ministros do governo federal e outras lideranças políticas manifestaram-se sobre o episódio, destacando a gravidade dos atos atribuídos ao ex-ministro e reforçando a defesa do Estado Democrático de Direito:
Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência:
"O dia amanheceu com Braga Netto preso. Que todos os golpistas sejam investigados, julgados e responsabilizados por atentarem contra a nossa democracia!"
Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais:
"Crimes contra o Estado Democrático de Direito não serão tolerados. O manifesto apresentado no Pleno do Conselhão na última quinta-feira reafirma: proteger o Brasil exige compromisso com a Justiça e a defesa intransigente da democracia. Grande dia!"
Em defesa da democracia, SEM ANISTIA!
— Alexandre Padilha (@padilhando) December 14, 2024
Crimes contra o Estado Democrático de Direito não serão tolerados. O manifesto apresentado no Pleno do Conselhão na última quinta-feira reafirma: proteger o Brasil exige compromisso com a Justiça e a defesa intransigente da democracia.… pic.twitter.com/KfH0uwsCUO
Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas:
"A prisão de Braga Netto é importante para reforçar que quem atenta contra a democracia deve ser responsabilizado, independente de quem seja. O Brasil tem uma grande história de resistência à ditadura e não aceitará tentativas golpistas. Que todos os envolvidos sejam investigados."
A prisão de Braga Netto é importante para reforçar que quem atenta contra a democracia deve ser responsabilizado, independente de quem seja. O Brasil tem uma grande história de resistência à ditadura e não aceitará tentativas golpistas. Que todos os envolvidos sejam investigados.
— Sonia Guajajara (@GuajajaraSonia) December 14, 2024
Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Social e Agrário:
"Eu avisei. Braga Netto preso!"
Eu avisei. Braga Netto preso! pic.twitter.com/DNbYBknRz1
— Paulo Teixeira (@pauloteixeira13) December 14, 2024
Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial:
"Em 2018, Marielle se levantava contra a intervenção no Rio e seu interventor, General Braga Netto. Buscando a defesa da vida e proteção da democracia. Quase 7 anos depois, o mesmo general agora é réu e foi preso por uma tentativa de golpe contra nosso país. Pra não esquecer, pra nunca mais acontecer. Que nos posicionemos sempre do lado certo da história."
Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente do PT:
"Braga Netto foi preso preventivamente porque tentou atrapalhar as investigações da polícia. Isso depois de todos saberem que entregou dinheiro vivo em caixas de vinho, participando de plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Queriam se manter no Governo a qualquer custo, para continuar a venda do país. Essa prisão, a condenação de Roberto Jefferson a 9 anos de prisão pelo STF e a formação de maioria no TRE-SP para cassar a deputada Carla Zambelli por suas mentiras são notícias importantes no enfrentamento à extrema direita. São três nomes da cúpula bolsonarista que cometeram crimes gravíssimos contra a democracia. Três incitadores do ódio e da violência política. Com essa gente não pode haver impunidade. Punição para todos, a começar pelo chefe inelegível. Sem anistia."
Braga Netto foi preso preventivamente porque tentou atrapalhar as investigações da polícia, isso depois de todos saberem que entregou dinheiro vivo em caixas de vinho, participando de plano para matar Lula, Alckimin e Alexandre de Moraes. Queriam se manter no Governo a qualquer…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) December 14, 2024
Contexto da prisão
A investigação aponta Braga Netto como figura-chave em um esquema que visava comprometer as instituições democráticas, incluindo o planejamento de ações extremas para inviabilizar a posse de Lula. A prisão preventiva também foi decretada devido a indícios de que o general estaria tentando interferir nas investigações.
A operação, segue em andamento
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