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CAIXA-PRETA

Brasil vai analisar avião que caiu no Cazaquistão

Caixa-preta do avião Embraer que caiu no Cazaquistão chega ao Brasil para análise. Investigação envolve colaboração internacional e tecnologia avançada.

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Imagem ilustrativa da notícia Brasil vai analisar avião que caiu no Cazaquistão camera As caixas-pretas do avião da Azerbaijan Airlines serão enviadas ao Brasil para que continuem as investigações sobre o caso. A aeronave é de fabricação da Embraer. | Foto: Captura X, antigo Twitter

As caixas-pretas com dados do voo e de voz do avião fabricado pela empresa brasileira Embraer, que caiu no Cazaquistão na semana passada, chegam a Brasília nesta terça-feira (31) para serem analisadas por peritos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

Em nota, a FAB (Força Aérea Brasileira) afirma que o Cenipa vai utilizar tecnologias avançadas, como animação em realidade virtual 3D, para visualização completa do voo. Com isso, os técnicos poderão reconstruir a trajetória da aeronave para analisar parâmetros como velocidade, altitude e funcionamento dos sistemas da aeronave. A investigação, que ainda precisa responder a muitas questões, acontece no Brasil a pedido do governo do Cazaquistão.

Ao término do trabalho de análise, os dados extraídos serão entregues à Autoridade de Investigação de Acidentes Aeronáuticos do Cazaquistão, agência responsável pela análise e investigação desse acidente, conforme os protocolos internacionais de investigação de acidentes aeronáuticos.

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O avião Embraer 190, operado pela Azerbaijan Airlines, caiu no dia 25 de dezembro com 67 pessoas a bordo, próximo à cidade de Aktau, no Cazaquistão, após desviar do sul da Rússia. Autoridades afirmaram que 38 pessoas morreram e 29 sobreviveram, sendo que pelo menos dez estão internadas em estado crítico.

Relatos de investigadores do Azerbaijão indicam que o avião da Embraer foi abatido acidentalmente por um míssil antiaéreo quando se aproximava de Grozni, capital da república russa da Tchetchênia, para pousar. A informação, compartilhada com veículos como a Reuters e Euronews de forma anônima, está sendo investigada, com a possível colaboração da fabricante brasileira e da FAB, que enviou três investigadores para fornecer suporte técnico.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu que o sistema antiaéreo estava ativo porque naquele momento supostamente acontecia o ataque de drones ucranianos no sul da Rússia. Ele chegou a pedir desculpas ao presidente do Azerbaijão pelo que chamou de "incidente trágico" no espaço aéreo de seu país, mas não assumiu a culpa pelo ataque com mísseis.

O trabalho nas caixas-pretas será realizado no Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo, em Brasília. O Cenipa será responsável pela leitura dos dados.

Três investigadores do Cazaquistão, três do Azerbaijão e três da Rússia acompanharão o processo de extração e análise dos dados. A colaboração internacional é importante para ajudar na investigação de acidentes aeronáuticos e, segundo a FAB, reflete o compromisso contínuo do Brasil com a segurança na aviação global.

O governo brasileiro, por meio do Ministério da Defesa e da FAB, afirma seguir comprometido com as normas da Convenção sobre Aviação Civil Internacional e com o apoio à investigação que visa evitar futuros incidentes.

A investigação será feita no Brasil a pedido do governo do Cazaquistão e também de acordo com a Convenção sobre Aviação Civil Internacional, que estabelece as normas e procedimentos para a investigação de acidentes aeronáuticos e a cooperação internacional nesse processo.

A FAB afirma que o Cenipa exerce um importante papel nas atividades de extração, leitura e análise de dados de gravadores de voo. Esse trabalho será feito em conjunto com o Departamento de Investigação de Acidentes e Incidentes Aeronáuticos do Ministério dos Transportes da República do Cazaquistão.

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