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ENSINO BILÍNGUE

Bilinguismo cresce no Brasil e gera impactos na educação

Metodologia pode desenvolver habilidades cognitivas desde cedo que serão refletidas em diferentes contextos da vida

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Imagem ilustrativa da notícia Bilinguismo cresce no Brasil e gera impactos na educação camera O ensino bilíngue tem contribuído significativamente para a educação, sobretudo na infância | Reprodução

O debate sobre o ensino bilíngue no Brasil tem ganhado espaço, especialmente nas etapas iniciais da vida escolar. Pesquisas indicam que o contato com dois idiomas desde a infância pode trazer benefícios em áreas cognitivas, sociais e emocionais, refletindo ao longo da trajetória acadêmica e profissional.

Segundo Vanessa Codecco, head pedagógica do Twice Bilingual, sistema de ensino bilíngue da Rhyzos Educação, o bilinguismo contribui para o desenvolvimento cerebral, fortalecendo habilidades como memória, criatividade e flexibilidade cognitiva. “Além disso, as crianças tendem a ter mais facilidade na aprendizagem de outros idiomas no futuro, já que o cérebro fica mais adaptável”, afirma.

Outro aspecto apontado pela especialista é a influência do bilinguismo na autoestima e nas habilidades sociais. Codecco ressalta que o contato precoce com diferentes culturas pode promover empatia e tolerância, valores fundamentais para a convivência global. A introdução a outro idioma também estimula a aproximação com costumes de outras regiões, ampliando a compreensão cultural.

Os impactos do ensino bilíngue se estendem para as fases posteriores da educação, como o Ensino Médio e os preparatórios para vestibulares. Codecco explica que estudantes bilíngues tendem a desenvolver maior capacidade de argumentação e análise crítica, habilidades importantes tanto no ambiente escolar quanto em outros contextos.

No longo prazo, a formação bilíngue também pode influenciar a vida profissional. Vanessa destaca que o aprendizado de dois idiomas desde cedo cria uma base sólida que pode facilitar o ingresso no mercado de trabalho, onde a fluência em outra língua frequentemente se traduz em oportunidades.

Um levantamento realizado pela Catho, no segundo semestre de 2024, reforça essa perspectiva ao apontar as diferenças salariais médias entre profissionais fluentes em inglês e aqueles sem fluência, com variações significativas dependendo do nível hierárquico: Técnico (49%), Analista (58%), Operacional (133%), Especialista (51%), Supervisores/Coordenadores (78%) e Gerente/Diretor (164%).

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“A forma como isso funciona, na prática, é sendo implementado metodologias que integram a outra língua ao dia a dia das crianças de maneira natural e lúdica. Jogos, músicas e contação de histórias são algumas das ferramentas utilizadas pelos docentes para engajar os pequenos e ir construindo esse caminho que terá benefícios durante toda a vida. Mas vale lembrar que essa abordagem precisa ser leve e divertida para que as crianças criem uma relação positiva com o idioma, evitando bloqueios”, destaca Codecco.

Com a consolidação do ensino bilíngue, o modelo ganha cada vez mais espaço como ferramenta para preparar as novas gerações para os desafios educacionais e profissionais de um mundo globalizado.

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