Existem diferenças entre endividamento e inadimplência, embora possam parecer semelhantes em conceito. De acordo com o economista Nélio Bordalo, o endividamento é quando um indivíduo possui dívidas, como empréstimos ou financiamentos, mas que realiza os pagamentos das parcelas de forma regular.
“Sob a ótica econômica, isso é visto como algo benéfico, pois possibilita que as pessoas adquiram bens que demorariam muito para conseguir se apenas economizassem. O desafio surge quando, para obter recursos de forma imediata, são pagos juros que, em diversas situações, podem ser bastante elevados”, explica.
Ele ainda afirma que um dos elementos que torna essa situação ainda mais complicada é o fato de que muitas pessoas não avaliam sua real necessidade antes de contraírem dívidas. Bordalo menciona algumas causas frequentes do endividamento, como gastos excessivos, falta de planejamento financeiro e mudanças na situação de emprego ou renda.
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A “regra de ouro” se resume a evitar que as parcelas dos empréstimos superem 30% da renda mensal da família; caso contrário, o tomador do empréstimo poderá enfrentar dificuldades para lidar com as despesas essenciais.
Segundo o economista, a acumulação excessiva de dívidas pode levar à inadimplência, que é basicamente a falha em quitar um compromisso financeiro na data estipulada. “A pessoa inadimplente é aquela que deixa de cumprir com suas obrigações financeiras, não pagando suas dívidas dentro do prazo estipulado”, explica.
O economista destaca que a inadimplência pode resultar em penalidades como juros adicionais, multas e até a negativação do nome em órgãos de proteção ao crédito.
“Ao atrasar um pagamento, o consumidor se expõe ao risco de ter seu nome adicionado em cadastros de restrição de crédito, como o SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) ou a Serasa. Empresas e instituições financeiras têm o direito de realizar essa inclusão após apenas um dia de atraso no pagamento da dívida”, alerta.
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O especialista enfatiza que, para se preparar para enfrentar uma dívida e prevenir a inadimplência, é crucial implementar algumas práticas financeiras responsáveis. “Antes de assumir qualquer compromisso financeiro, é vital elaborar um planejamento minucioso, avaliando a capacidade de pagamento e levando em conta todas as despesas mensais. Elaborar um orçamento que reserve um valor para emergências pode facilitar a gestão de imprevistos, sem afetar o pagamento das dívidas”.
Controle
- Nélio Bordalo destaca a importância de manter um controle rigoroso das finanças pessoais, evitando gastos desnecessários e priorizando a quitação das dívidas, assim como a necessidade de estar sempre atualizado sobre as melhores condições de crédito disponíveis no mercado.
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