
O Carnaval é conhecido pela beleza e glamour em grandes fantasias. Porém, as condições de trabalho para quem confecciona as roupas devem ser levadas a sério, garantindo a segurança de todos os envolvidos.
A direção do Hospital Estadual Getúlio Vargas confirmou neste domingo (16), a morte de um dos pacientes internados após o incêndio que atingiu uma fábrica de fantasias em Ramos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O fogo consumiu o galpão na última quarta-feira (12), deixando diversas vítimas.
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Segundo informações do hospital, oito pessoas deram entrada na unidade após o incêndio. Um homem morreu, enquanto uma mulher precisou ser transferida para outra instituição de saúde. Dos outros seis pacientes, uma mulher apresentou melhora e se encontra em estado estável. Outras cinco pessoas - três mulheres e dois homens - seguem internadas em estado grave.
RELEMBRE A TRAGÉDIA
Momentos de grande tensão marcaram o resgate das vítimas. Quatro pessoas que estavam no terceiro andar da fábrica foram retiradas do prédio por uma das janelas, enquanto clamavam por socorro cercadas por fumaça. Moradores da região tentaram auxiliar no resgate. De acordo com funcionários que conseguiram escapar, aproximadamente 30 pessoas trabalhavam no local quando as chamas começaram.
A fábrica Maximus, especializada na confecção de fantasias para escolas da Série Ouro do Carnaval carioca, funcionava sem alvará do Corpo de Bombeiros. O galpão abrigava materiais altamente inflamáveis, como tecidos, isopor, cola, papéis, plásticos e espumas, mas não dispunha de equipamentos para combater incêndios, como extintores ou mangueiras. Além disso, não tinham rotas de fuga sinalizadas, e as janelas, em vez de saídas de emergência, se tornaram armadilhas para os trabalhadores.
Durante o resgate, os bombeiros precisaram utilizar um alicate hidráulico, conhecido como “desencarcerador”, para cortar as grades e permitir a saída das vítimas.
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A tragédia também expôs a precariedade das condições de trabalho enfrentadas por muitos profissionais da indústria do Carnaval. Relatos de trabalhadores indicam que alguns deles dormiam na fábrica devido à alta demanda de produção às vésperas do evento. O caso está sob investigação da 21ª Delegacia Policial (Bonsucesso).
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