Polícia apura morte de professora que teve nudes vazados por prefeito

A Polícia Civil do Piauí investiga a morte de Jaquiely Lima Oliveira, professora municipal de 32 anos, encontrada sem vida em sua residência na última quinta-feira (6). O caso ocorreu uma semana após ela registrar boletim de ocorrência contra o prefeito de Sigefredo Pacheco, Murilo Bandeira (PT), por suposto vazamento de imagens pessoais.

Dois dias antes da morte, a Justiça do Piauí concedeu medida protetiva à professora contra o prefeito. No registro feito na polícia, Jaquiely afirmou que Bandeira teria repassado imagens a seu marido.

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De acordo com a investigação, o marido de Jaquiely procurou a esposa do prefeito na semana anterior ao ocorrido, afirmando ter recebido mensagens de Bandeira com imagens da professora. A primeira-dama, que está em processo de separação, declarou não ter conhecimento das imagens ou de qualquer envolvimento do prefeito com a servidora municipal.

O corpo de Jaquiely foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para perícia. O caso segue sob investigação da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Sigefredo Pacheco.

Prefeito presta depoimento e nega acusações

As investigações indicam que Murilo Bandeira e Jaquiely Oliveira teriam mantido contato em 2021, durante o primeiro ano do atual mandato do prefeito.

Na sexta-feira (7), um dia após a morte da professora, Bandeira prestou depoimento à Polícia Civil e negou qualquer relacionamento pessoal com Jaquiely. O prefeito afirmou que a conhecia desde 2021 e que ela trabalhou como auxiliar de sala em 2024. Sobre o último contato entre ambos, disse não se lembrar, mencionando apenas tê-la visto de longe em eventos de campanha.

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Quanto à acusação de envio de imagens ao marido da professora, Bandeira afirmou ter tomado conhecimento do caso através de sua esposa e declarou ter recebido uma mensagem de áudio de Jaquiely, mas disse que só a ouviu no dia seguinte, pois seu celular estaria fora de área.

Em nota divulgada à imprensa, a defesa de Murilo Bandeira negou as acusações, afirmou que os dispositivos eletrônicos do prefeito foram disponibilizados às autoridades e declarou que adotará medidas legais contra a disseminação de informações consideradas falsas.