
A ascensão meteórica de Bruno Leonardo, bispo da Igreja Batista Avivamento Mundial, é um reflexo do impacto das redes sociais na vida de figuras públicas. Com uma presença impressionante nas plataformas digitais, ele acumula milhões de seguidores, sendo um dos maiores influenciadores do país. No entanto, sua fama também gerou questionamentos quando foi citado em um relatório da Polícia Federal, no âmbito de uma investigação sobre tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
O bispo, que se tornou um fenômeno nas redes sociais, conta com mais de 50 milhões de inscritos no YouTube, onde suas publicações, como orações diárias e mensagens religiosas, atraem uma audiência imensa. Somente no último vídeo publicado, que traz uma oração matinal, ele obteve quase três milhões de visualizações em menos de dez horas. Além de sua popularidade no YouTube, Bruno Leonardo também possui 9,8 milhões de seguidores no Instagram, sendo uma das figuras mais influentes do país.
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Com sua igreja expandindo para diferentes estados, o bispo realiza eventos em larga escala, incluindo encontros em estádios, como o ocorrido em Minas Gerais em 2024, e em Salvador no final de março deste ano. Durante esses eventos, ele costuma anunciar doações substanciais, como a recente contribuição de R$ 2 milhões a um hospital. Esse tipo de ação filantrópica é frequentemente destacada por seus seguidores e pela mídia, mas agora é o centro de um novo foco de atenção.
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A investigação da Polícia Federal, conhecida como operação Mafiusi, aponta que transações financeiras suspeitas ocorreram entre a Igreja Batista Avivamento Mundial e empresas ligadas ao tráfico de drogas. Segundo os documentos da operação, a igreja transferiu R$ 2,2 milhões para a Starway Locação de Veículos, uma empresa sob investigação por vínculos com o tráfico internacional. O problema surgiu porque não foram encontradas notas fiscais que justifiquem esses pagamentos, que ocorreram ao longo de oito meses, entre 2021 e 2022.

O QUE DIZ A DEFESA
Embora o nome de Bruno Leonardo tenha sido citado nos relatórios da investigação, ele não é formalmente investigado. Sua defesa, inicialmente, alegou que as transações estavam relacionadas à compra de veículos e que as notas fiscais existiam, mas não enviou uma posição oficial após o contato da imprensa.
Em resposta, o bispo publicou um vídeo em que reafirma sua versão dos fatos, mencionando que a igreja fez a aquisição de carros da empresa em questão e questionando a relação entre sua igreja e negócios ilícitos, caso alguma das empresas que comprou produtos no passado tenha envolvimento com crimes no futuro.
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