
Uma restauração realizada na imagem de Nossa Senhora das Dores, localizada na Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, em Pirenópolis (GO), provocou indignação entre os fiéis e atraiu a atenção do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A intervenção alterou significativamente traços do rosto e das mãos da santa, o que levou muitos devotos a criticar o resultado nas redes sociais.
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As principais reclamações apontam que a imagem, tradicionalmente venerada na cidade, teria sido descaracterizada, com destaque para a tonalidade da pele, agora visivelmente mais clara do que a original. Muitos internautas chegaram a questionar se a estátua teria sido trocada por uma réplica.
“Não é mais a mesma. Levaram a original e deixaram uma cópia”, comentou uma seguidora em uma publicação. Outro questionou a autorização para a intervenção: “Quem permitiu que isso fosse feito sem acompanhamento técnico?”
A controvérsia levou o Iphan, responsável pela proteção de bens tombados, a solicitar explicações formais sobre a intervenção. Em nota, o órgão informou que tanto a igreja quanto seu acervo são tombados individualmente, o que exige autorização prévia e acompanhamento especializado para qualquer restauração.
O instituto destacou ainda que não foi informado previamente sobre a necessidade de restauro da peça e enviou, nesta segunda-feira (7), uma equipe técnica para realizar uma vistoria no local e apurar os fatos.
O Iphan deu um prazo de 15 dias para que os responsáveis apresentem esclarecimentos e um plano de ações para a recuperação da obra, com o objetivo de reparar os danos causados.
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A imagem de Nossa Senhora das Dores está prevista para ser levada em procissão nesta sexta-feira (11), como parte da programação da Semana Santa em Pirenópolis, mas a controvérsia continua mobilizando fiéis e especialistas em patrimônio.
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