PF investiga suspeito de apologia ao nazismo no RS

A intolerância, muitas vezes disfarçada de opinião, tem ganhado terreno nas sombras da internet e, por vezes, transborda para o espaço público em forma de panfletos e cartazes com mensagens perigosas. Em meio ao crescimento de alertas sobre discursos extremistas, autoridades intensificam esforços para combater esse tipo de crime que ameaça os valores democráticos.

Foi nesse contexto que a Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (8), a operação batizada de "Odium", com o objetivo de coibir a disseminação do chamado discurso de ódio em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.

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A ação teve como alvo um morador da cidade, investigado por propagar conteúdos com apologia ao nazismo e ataques xenofóbicos tanto nas redes sociais quanto em espaços públicos.

De acordo com a PF, o mandado de busca e apreensão cumprido na residência do suspeito tem o objetivo de "impedir a continuidade das ações criminosas, assim como desarticular células extremistas ligadas às temáticas racista e neonazista voltadas à disseminação de discurso de ódio e atos violentos".

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As investigações começaram após a Ouvidoria da PF receber uma denúncia anônima apontando a distribuição de materiais impressos com mensagens racistas e símbolos nazistas no município gaúcho. A partir dessa denúncia, a corporação identificou um perfil em rede social utilizado para amplificar esse tipo de discurso.

HISTÓRICO CRIMINAL

Ainda segundo a Polícia Federal, o homem já possui histórico criminal envolvendo os mesmos delitos. "A PF aponta que ele é um criminoso contumaz nesse tipo de crime", informou a corporação. Apesar da operação e da apreensão de seu celular, que agora será analisado para aprofundar o inquérito, o investigado não foi preso.

A legislação brasileira trata com rigor crimes relacionados à ideologia nazista. Conforme a Lei nº 7.716/1989, é crime "fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo", com pena prevista de reclusão de dois a cinco anos, além de multa.

A operação segue em curso e a PF não descarta novas diligências.