
Num cenário cada vez mais marcado por golpes digitais e crimes cibernéticos, as instituições financeiras brasileiras se veem sob constante ameaça de ações fraudulentas que envolvem até mesmo seus próprios colaboradores. Em mais um episódio dessa realidade preocupante, a Polícia Federal deflagrou uma operação para desarticular um esquema milionário de desvios dentro da Caixa Econômica Federal.
A ação, realizada na última segunda-feira (27), cumpre mandados de busca e apreensão como parte de uma investigação que apura o desvio de R$ 11.111.863,13. O principal suspeito é um funcionário da própria Caixa, acusado de movimentar os valores por meio de transferências via PIX, sem o conhecimento dos clientes.
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Segundo a Polícia Federal, parte do dinheiro teria sido direcionada a empresas de apostas, além de haver indícios do uso de contas de terceiros para ocultar os valores desviados.
"O sequestro de bens foi autorizado até o montante do prejuízo", informou o órgão em nota oficial.
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INVESTIGAÇÃO INTERNA
A apuração começou a partir de uma investigação interna conduzida pela Caixa. Com base nas evidências, os crimes atribuídos ao suspeito envolvem furto mediante fraude eletrônica, peculato e lavagem de dinheiro.
As medidas judiciais foram autorizadas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal, e incluem "busca e apreensão domiciliar e pessoal, quebra de sigilos telemático, bancário, e fiscal, além de sequestro de bens", conforme destacou a PF.
OPERAÇÃO NÃO SEJA UM LARANJA
A ofensiva integra a Operação Não Seja um Laranja DF e GO, executada em conjunto com as Polícias Civis de Goiás e do Distrito Federal, como parte da Força-Tarefa Tentáculos. A iniciativa surge do Acordo de Cooperação Técnica firmado em 2024 entre a Polícia Federal e a Polícia Civil do DF, com foco no combate a fraudes bancárias eletrônicas.
"Essa ação faz parte da Força-Tarefa Tentáculos e resulta do Acordo de cooperação Técnica entre a Polícia Federal e a Polícia Civil do DF, assinado em 2024, com o objetivo de promover o compartilhamento de tecnologias para o enfrentamento de crimes contra instituições financeiras realizados pela internet", finaliza o comunicado.
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