Ações para combater impactos do mercúrio na Bacia do Tapajós

Analisar, acompanhar e propor políticas públicas de saúde que previnam e combatam a contaminação da população por mercúrio. Esse foi o objetivo da última reunião do 'Fórum Paraense de Combate aos Impactos da Contaminação Mercurial na Bacia do Tapajós', realizada no dia 11 de junho, na Promotoria de Justiça de Santarém.

Organizado pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Trabalho (MPT), com o apoio de diversas organizações, o evento reuniu autoridades e membros da sociedade civil para discutir novas ações e projetos voltados ao enfrentamento dos danos causados pelo mercúrio na região.

O Fórum foi criado em abril de 2024 e hoje conta com Grupos de Trabalho (GTs) que atuam em diversas frentes, como meio ambiente, saúde, sustentabilidade e comunicação. Entre os presentes na reunião, estavam: a promotora de Justiça Lílian Braga, o procurador Eduardo Serra e a procuradora Thaís Medeiros, representando as respectivas instituições.

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Ao longo do encontro, os GTs se reuniram pela manhã para atualizar as ações em andamento, e à tarde participaram de um grande debate sobre as medidas a serem adotadas. Entre as propostas apresentadas, está a criação de um material informativo sobre os impactos do garimpo na qualidade da água e a saúde da população, além da realização de um seminário técnico sobre a contaminação por mercúrio no segundo semestre de 2025.

Outro tema abordado no evento foi a necessidade de capacitação de profissionais de saúde para notificar casos de contaminação por mercúrio. Além disso, representantes do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa) apresentaram dados de pesquisas científicas sobre o impacto do mercúrio na saúde da população da região do Tapajós.

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Durante a reunião, também foi discutido o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDS) no apoio a projetos que buscam mitigar os efeitos do desmatamento e a contaminação na Amazônia, com destaque para o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAM). O banco orientou sobre os editais abertos e as possibilidades de financiamento para ações relacionadas.

A próxima reunião do Fórum está agendada para o dia 11 de agosto de 2025, quando as lideranças locais, incluindo coletivos indígenas, serão mobilizadas para integrar ainda mais as ações da rede de combate aos impactos da contaminação por mercúrio.