
O que era para ser apenas a identificação de um suspeito acabou gerando um debate nas redes sociais. Após o assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, em Belo Horizonto, um detalhe fora do centro do crime chamou atenção do público. A diferença entre as fotos postadas por René da Silva Nogueira Junior, acusado de cometer o homicídio, e a imagem registrada quando ele deu entrada no sistema prisional.
O contraste entre a aparência nas redes sociais, visivelmente alterada por filtros ou inteligência artificial, e a imagem sem edições tirada pela polícia levantou discussões sobre a autenticidade das postagens feitas online. Muitos internautas ficaram chocados com o que consideraram “dois rostos diferentes”.





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Entenda o crime
René é mestre em agronomia pela Universidade de São Paulo (USP), com formações adicionais na Fundação Dom Cabral e na Harvard Business School. Casado com uma delegada da Polícia Civil de Minas Gerais, ele ocupou cargos de alto escalão como CEO, vice-presidente e diretor executivo em várias empresas. Recentemente, havia sido desligado do cargo de diretor de negócios de uma holding do setor alimentício.
O crime ocorreu na manhã desta última segunda-feira (11), no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte, durante o expediente de Laudemir. Segundo testemunhas, René discutiu com a motorista de um caminhão de lixo, alegando que o veículo obstruía a passagem do carro dele. Ele desceu armado e atirou contra o gari. Laudemir foi atingido na costela, socorrido, mas não resistiu ao ferimento. A causa da morte foi hemorragia interna causada pelo projétil alojado no corpo.
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Depois do disparo, René fugiu do local, mas foi localizado horas depois em uma academia de luxo no bairro Estoril, também em Belo Horizonte. A prisão foi feita em uma operação conjunta das polícias Civil e Militar.
No depoimento prestado ao Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), René afirmou que havia saído de casa rumo ao trabalho em Betim, retornado para passear com os cães e depois ido à academia, onde foi detido. De acordo com o delegado Evandro Radaelli, o empresário negou estar no local do crime e apresentou versões contraditórias e horários imprecisos sobre a rotina dele naquele dia.
Durante audiência de custódia, a Justiça converteu a prisão em preventiva. O caso segue sob investigação.
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