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"QUÍMICA BOA"

Lula diz que encontro com Trump deixou de ser impossível

Presidentes estiveram juntos durante evento que ocorre nos Estados Unidos.

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Imagem ilustrativa da notícia Lula diz que encontro com Trump deixou de ser impossível camera Os líderes tiveram um diálogo rápido nesta terça (23), o primeiro encontro dos dois desde que o americano tomou posse e posteriormente aplicou sanções ao país. | Ricardo Stuckert / PR / ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (24) que "aquilo que parecia impossível deixou de ser impossível", em referência à conversa que teve com o presidente Donald Trump em Nova York.

O brasileiro reconheceu ter havido uma química —termo usado por Trump para falar da impressão que teve da interação com Lula— com o americano, o que classificou como boa surpresa.

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"Fiquei feliz ao ouvir dele que 'pintou uma química' entre nós. Eu, pessoalmente, acredito que 80% de uma boa relação é química e 20% é emoção. Por isso, considero essa sintonia muito importante, e torço para que essa relação dê certo", disse Lula, que também chamou Trump de simpático.

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A declaração foi dada em entrevista à imprensa ao final da participação do presidente brasileiro na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, nesta semana.

"Além de ter a oportunidade de fazer esse discurso, tive também a satisfação de me encontrar com o presidente Trump. Aquilo que parecia impossível deixou de ser impossível", disse o presidente, após fazer referência à sua própria fala na Assembleia-Geral.

Os líderes tiveram um diálogo rápido nesta terça (23), o primeiro encontro dos dois desde que o americano tomou posse e posteriormente aplicou sanções ao país.

Para Lula, Trump foi mal informado sobre o Brasil. O petista disse esperar "explicar as coisas" e o que ocorre no país ao republicano na reunião que os dois articulam para que ocorra.

"Estou convencido que algumas decisões tomadas pelo presidente Trump se deveram ao fato da qualidade de informações que ele tinha sobre o Brasil. Quando ele tiver as informações corretas, ele pode mudar de posição", afirmou.

"Vamos conversar como dois homens civilizados de 80 anos. Não existe espaço para brincadeira. Existe a necessidade de conversar sobre os conflitos. E uma conversa começa assim, vamos ver depois o que vai acontecer. Quero saber qual é o problema com relação ao Brasil", complementou o presidente.

Lula disse ter sido surpreendido ao encontrar Trump numa sala atrás do púlpito onde discursou na terça. Ele afirmou que o americano se aproximou dele com um sorriso e, então, o brasileiro estendeu a mão para cumprimentá-lo.

"Eu disse ao presidente Trump o seguinte: não tem limite a nossa conversa, vamos colocar na mesa tudo", afirmou Lula.

O presidente brasileiro disse ainda não ter detalhes de como e quando será o encontro, mas não descartou que ele fosse presencial.

"Não há razão para que Brasil e EUA vivam momentos de conflito. Fiz questão de dizer ao presidente que temos muito o que conversar. E fiquei satisfeito quando ele me disse que é possível, sim, manter esse diálogo. Quem sabe, em alguns dias, a gente consiga ajustar as palavras e avançar nessa conversa", afirmou. "Tenho interesse nessa conversa e quero que ela aconteça logo."

"Espero que a gente possa reestabelecer a harmonia necessária que tem que ter sobre Brasil e EUA.

Quando tiver eleição nos EUA, eu não me meto, e quando tiver no Brasil, ele não se mete", afirmou Lula.

Segundo o próprio americano, a interação desta terça-feira durou 39 segundos, e os líderes combinaram uma nova conversa para a próxima semana.

Integrantes do governo Lula viram o gesto como uma vitória para o brasileiro. Eles temem, porém, que o americano use o diálogo entre os dois como uma forma de pressionar e até humilhar o líder petista, a exemplo do que já fez com líderes europeus na Casa Branca. Sobre o risco de a conversa ter um clima tenso, Lula falou que "não existe espaço para brincadeiras entre dois homens de 80 anos" --o brasileiro será octogenário em outubro, e Trump fará 80 em junho do ano que vem.

O encontro dos dois na Assembleia-Geral foi divulgado pelo presidente americano ao final de sua fala, em que ele também disse que gostou do brasileiro e que teve uma "excelente química" com o petista.

Este foi o primeiro encontro entre Trump e Lula desde a eleição do republicano e desde que o americano impôs tarifas comerciais às importações brasileiras e sanções a membros do Executivo e do Judiciário, como o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Lula usou seu discurso para mandar uma série de recados a Trump. Na véspera, o presidente americano aplicou mais sanções ao Brasil, com a inclusão da mulher de Alexandre de Moraes, Viviane Barci, na lista de sancionados pela Lei Magnistky e restringiu o visto do ministro Jorge Messias (Advocacia-Geral), e outras seis pessoas.

Diante dos líderes na Assembleia Geral da ONU, Lula afirmou que as sanções e tarifas dos EUA contra o Brasil são uma ameaça à soberania, e o país está defendendo suas instituições ao resistir a pressões. "O Brasil optou por resistir e defender sua democracia."

Lula também usou a palavra "democracia" 18 vezes no discurso.

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