
Em meio a aeroportos e fronteiras, entre prisões e viagens internacionais, a história de Gabriel Spalone ganhou um novo capítulo. De repente, o influenciador que está sob investigação por um esquema de milhões já se encontra livre para continuar sua trajetória longe do Panamá, enquanto autoridades brasileiras ainda tentam entender os próximos passos.
A defesa de Gabriel Spalone, de 29 anos, confirmou na tarde deste sábado (27) que ele foi liberado pelas autoridades do Panamá. Ele havia sido preso na sexta-feira (26) pela Polícia Federal, alvo de mandado de prisão temporária ligado a uma investigação da Polícia Civil de São Paulo sobre um suposto esquema que desviou mais de R$ 146 milhões de um banco e de empresas por meio de transferências via Pix.
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DEFESA EXPLICA LIBERAÇÃO DE SPALONE
Segundo o advogado Eduardo Maurício, representante de Spalone, as autoridades panamenhas foram informadas de que o influenciador não consta em lista internacional de procurados nem possui ordem de prisão internacional. Por essa razão, ele foi autorizado a seguir viagem para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
"Essa decisão foi fundamentada no pedido de liberdade feito pela defesa, que acatou a tese de imediata liberação do influencer já que Spalone não possui uma ordem de detenção internacional e inclusão na lista da Interpol, e que sua prisão, ilegal e abusiva, teria sido realizada no Panamá por um pedido da autoridade policial civil de São Paulo sem qualquer validade no campo jurídico internacional, já que desrespeitou o princípio da legalidade e sobretudo normas de cooperação jurídica internacional", disse Eduardo em nota.
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PRISÃO EM SOLO ESTRANGEIRO
"Uma prisão temporária emitida pelas autoridades brasileiras não lhe dá direito à autoridade policial brasileira de requerer prisão em solo estrangeiro sem seguir o que a lei determina, e muito menos justifica uma inclusão na Interpol já que não é prisão preventiva, e quem deve fazer essa inclusão é o juiz competente após preenchimento do formulário para tanto", completou o advogado.
Por sua vez, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) ainda não foi notificado sobre a soltura de Spalone. "Um investigado pela Polícia Civil de São Paulo na Operação Dubai, que estava foragido, foi localizado pela Polícia Federal no Panamá, a pedido da polícia paulista. O Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) formalizou um pedido de cooperação internacional com a Polícia Federal brasileira para viabilizar a abordagem do investigado, que possui mandando de prisão temporária em aberto no Brasil. Até o momento, o Deic não foi notificado sobre a possível soltura do suspeito", afirmou a pasta.
ESQUEMA FRAUDULENTO
Spalone é proprietário das empresas Dubai Cash e Next Trading Dubai e acumula mais de 800 mil seguidores nas redes sociais. Ele estava foragido desde terça-feira (23), quando a Polícia Civil deflagrou a Operação Dubai, que também resultou na prisão de outros dois suspeitos.
De acordo com o Deic, o esquema fraudulento começou em fevereiro deste ano e envolveu o uso de credenciais de prestadora de serviços para desviar recursos de um banco, movimentando cerca de R$ 146,5 milhões através de 10 contas vinculadas à instituição. Parte do montante foi estornada, mas ainda restou um prejuízo significativo. Os detidos respondem por furto mediante fraude e associação criminosa.
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