
Uma pessoa morreu e outras oito foram internadas em estado grave após consumirem bebidas alcoólicas adulteradas com metanol em cidades do estado de São Paulo. Os casos aconteceram entre os dias 1º e 18 de setembro, em São Paulo, Limeira e Bragança Paulista.
Uma das vítimas relatou que perdeu a visão após tomar três caipirinhas em um bar da capital. Poucas horas depois, passou mal, teve convulsões, foi internada na UTI e, após complicações, ficou completamente cega.
A gravidade dos casos acendeu um alerta sobre os perigos do consumo de bebidas de origem duvidosa.
O que é o metanol?
Para quem desconhece, o metanol (CH₃OH) é um álcool tóxico, incolor e com cheiro semelhante ao da bebida alcoólica comum. Também já foi chamado de “álcool da madeira” por sua antiga forma de extração.
Ele é usado legalmente em processos industriais, como na fabricação de formol, tintas, solventes, plásticos e biodiesel. Fora desses usos, o produto não deve ser comercializado para consumo humano.
Quais são os riscos?
A ingestão ou até o contato com o metanol pode causar:
- Náuseas
- Vômitos
- Cólica e dor abdominal
- Confusão mental
- Alteração da consciência
- Cegueira
- Morte
Médicos alertam que os primeiros sintomas podem ser confundidos com uma ressaca comum. Porém, a rápida evolução e a gravidade tornam o atendimento médico imediato fundamental para salvar vidas.
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Como é feito o tratamento?
O envenenamento por metanol é uma emergência médica. O tratamento pode incluir:
- Administração de medicamentos
- Diálise para limpar o sangue
- Uso de etanol como antídoto, para impedir que o corpo metabolize o metanol
O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível. “Você pode aliviar todos os efeitos se chegar ao hospital cedo”, explica o toxicologista Alastair Hay, da Universidade de Leeds.
Metanol também oferece risco nos combustíveis
Além do consumo acidental em bebidas, o uso de metanol em gasolina ou etanol adulterado é perigoso. Pode causar falhas mecânicas e até acidentes, além de ser inflamável, aumentando o risco de incêndios e explosões.
Fique atento!
Evite bebidas de origem duvidosa, especialmente em bares e estabelecimentos sem fiscalização.
Em caso de sintomas após o consumo de bebida alcoólica, procure ajuda médica imediatamente.
Denuncie suspeitas à vigilância sanitária ou órgãos de defesa do consumidor.
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