
Às vezes, a vida se mostra frágil nos detalhes que passam despercebidos. Um momento de descontração pode rapidamente se transformar em tragédia quando fatores aparentemente isolados se combinam de forma letal. Foi o que ocorreu em São José, na Grande Florianópolis, em agosto deste ano.
O policial militar Jeferson Luiz Sagaz, de 37 anos, e a esposa Ana Carolina Silva, empresária de 41 anos, foram encontrados mortos na banheira de um motel.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, a causa das mortes foi uma intoxicação exógena, resultado da combinação entre álcool, drogas e a imersão em água aquecida.
"As concentrações encontradas, tanto de droga quanto de álcool, já poderiam ser suficientes para causar uma toxicidade significativa a ponto de levar ao óbito, mas a combinação delas com o fator térmico do ambiente é o que aumentou o risco da morte", declarou a perita-geral da Polícia Científica, Andressa Boer.
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INVESTIGAÇÃO DESCARTOU CAUSAS ISOLADAS
A investigação descartou qualquer possibilidade de morte por choque elétrico, afogamento, intoxicação isolada ou ação violenta de terceiros. O diretor de Medicina Legal, Fernando Oliva da Fonseca, explicou que situações desse tipo podem ocorrer quando uma pessoa permanece em um ambiente muito quente e sem ventilação.
"A tendência, ao entrar em uma banheira, é se sentir confortável. Se ela vai esquentando demais, a pessoa normalmente tem a reação de desligar, misturar com água fria ou sair da banheira", exemplificou Fonseca.
INTOXICAÇÃO EXÓGENA

Segundo a polícia, a intoxicação exógena provocou um aumento anormal da temperatura corporal, desidratação intensa e colapso térmico no casal.
"Esses óbitos aconteceram por conta de condições multifatoriais, tanto por conta do comportamento tóxico, porque foram encontradas concentrações de cocaína e etanol, quanto por conta do fator físico, que foi a imersão na água aquecida, que agiram de forma sinérgica e culminaram nas mortes", concluiu a Polícia Civil.
Durante as investigações, oito pessoas, entre familiares e amigos próximos ao casal, foram ouvidas. Ana Carolina era proprietária de uma esmalteria, enquanto Jeferson estava de folga no dia do ocorrido e não havia qualquer relação da morte com o serviço militar. O casal deixa uma filha.
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