O laudo pericial da morte da modelo Lidiane Aline Lourenço e de sua filha, Miana Sophya Santos, no Rio de Janeiro, chamou a atenção para um assassino silencioso e letal: o monóxido de carbono. O gás, que não possui cheiro e, portanto, dificulta a identificação, é capaz de matar em minutos e representa um perigo constante em ambientes domésticos, especialmente quando há falhas em instalações ou uso inadequado de aparelhos a gás.
A conclusão pericial da polícia apontou que a modelo Lidiane Aline Lourenço, de 33 anos, morreu intoxicada por monóxido de carbono. Os corpos dela e da filha de 15 anos foram encontrados no apartamento da família na Barra da Tijuca, no dia 9 de outubro. O laudo reforça a teoria de que a morte da modelo e da filha foi acidental, embora o estado avançado de decomposição do corpo da adolescente, Miana Sophya Santos, não tenha permitido constatar a causa da morte dela.
O monóxido de carbono (CO) é um gás asfixiante produzido pela queima incompleta de combustíveis como gás, carvão, madeira e gasolina.
Segundo a Fiocruz, o perigo reside na rápida substituição do oxigênio no corpo: “Quando inalado, ele substitui o oxigênio no sangue, impedindo que o corpo respire adequadamente — mesmo em ambientes ventilados”. Pequenas quantidades já causam tontura, dor de cabeça e desmaios, e exposições prolongadas podem levar à morte.
Um dos maiores riscos é que os sintomas da intoxicação são facilmente confundidos com mal-estar comum. A reportagem detalha essa confusão: “Náuseas, fraqueza e sonolência são sintomas comuns, o que torna o diagnóstico difícil e frequentemente tardio. Muitas vítimas acreditam se tratar de uma indisposição ou mal-estar passageiro, permanecendo em locais contaminados por mais tempo”.
Aparelhos domésticos são considerados os maiores vilões. Aquecedores a gás, churrasqueiras, lareiras e motores ligados em locais fechados estão entre as principais causas de intoxicação. A primeira perícia feita no local onde mãe e filha foram achadas mostrou que “as instalações de gás do apartamento tinham irregularidades”.
Especialistas alertam que há formas simples de evitar a intoxicação. O Procon-SP recomenda manutenção regular e ventilação adequada. Para salvar vidas, as medidas preventivas incluem: “garantir ventilação constante, nunca usar churrasqueiras ou fogões para aquecer o ambiente e desligar aparelhos a gás ao sair de casa”.
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