O que deveria ser um momento de descontração e companheirismo entre colegas de trabalho acabou se transformando em um episódio de pânico e correria em Santa Cecília, no Oeste de Santa Catarina. O caso, que envolve suspeita de envenenamento coletivo dentro de uma unidade de pronto-atendimento, mobilizou equipes de segurança, saúde e chocou os moradores da pequena cidade de pouco mais de 15 mil habitantes.
Na tarde da última terça-feira (21), onze funcionários do pronto-atendimento municipal passaram mal após consumirem um refrigerante supostamente adulterado, levado por uma mulher durante uma confraternização. O que começou como um simples “café da tarde” terminou em um cenário de emergência médica, com vítimas internadas e uma investigação criminal em andamento.
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De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o grupo participava de um lanche coletivo dentro da unidade quando a mulher, posteriormente presa, chegou com uma garrafa de refrigerante de dois litros. Cerca de uma hora após o consumo, os servidores começaram a apresentar vômitos, tontura, sonolência, inchaço abdominal e dificuldade para falar.
Onze pessoas ingeriram a bebida. Oito foram internadas com sintomas de intoxicação e três apresentaram mal-estar leve. Entre as vítimas estão médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, recepcionistas e funcionários da limpeza. Um dos intoxicados é também vereador do município, que precisou ser transferido para outra cidade devido à gravidade do quadro.
Polícia prende dois suspeitos
As investigações da Polícia Civil resultaram na prisão de duas pessoas: a mulher que levou o refrigerante e o sobrinho dela, funcionário da unidade de saúde, afastado desde o início de outubro após ser denunciado por importunação sexual por colegas de trabalho.
Imagens de câmeras de segurança confirmaram que a mulher entrou nas dependências do posto com a garrafa momentos antes da confraternização. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas casas dos suspeitos, onde a polícia recolheu materiais que serão periciados pela Polícia Científica.
O laudo pericial deve apontar se a bebida continha substância tóxica e confirmar se o ato foi intencional. Até o momento, a motivação do crime não foi divulgada.
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Vítimas recebem alta, mas seguem em observação
Todos os funcionários internados receberam alta hospitalar no sábado (25), mas permanecem em acompanhamento médico. Dois deles chegaram a retornar ao trabalho na quinta-feira (23), porém voltaram a apresentar sintomas e precisaram ser internados novamente.
O caso transformou uma confraternização rotineira em um dos episódios mais graves já registrados no município. Enquanto a investigação busca respostas, a comunidade de Santa Cecília segue atônita diante da possibilidade de um ato de envenenamento dentro de um ambiente de saúde — o lugar onde a vida deveria ser cuidada.
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