As equipes do Corpo de Bombeiros do Paraná encerraram, no fim da tarde deste sábado (8), as buscas por vítimas entre os escombros dos prédios atingidos pelo tornado causado pelo ciclone extratropical em Rio Bonito do Iguaçu, no centro-sul do estado. Segundo a corporação, não há registros de pessoas desaparecidas.
O fenômeno climático deixou seis mortos e 775 feridos, de acordo com as autoridades estaduais. Cinco das vítimas morreram em Rio Bonito do Iguaçu e uma em Guarapuava, cidade próxima.
Entre os mortos em Rio Bonito estão três homens, de 49, 57 e 83 anos, uma mulher de 47 anos e uma adolescente de 14 anos. Em Guarapuava, a vítima foi um homem de 53 anos.
Situação na cidade
Rio Bonito do Iguaçu, que possui cerca de 14 mil habitantes, foi o município mais afetado pelo tornado. Segundo o governo estadual, cerca de 90% da área urbana foi destruída.
As buscas em áreas urbanas foram encerradas, mas os bombeiros continuam sobrevoando a zona rural para monitorar possíveis novos desabamentos.
A Defesa Civil informou que nove pessoas estão em estado grave e passaram por cirurgias. O número de feridos ainda pode aumentar conforme o atendimento às vítimas avança.
Falta de energia e estragos na infraestrutura
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) informou que cerca de 75% da cidade segue sem energia elétrica desde a noite de sexta-feira (7). O tornado derrubou 280 postes e três torres de alta tensão, deixando 3.790 casas sem luz.
Em todo o Paraná, 216 mil domicílios foram afetados pela falta de energia. A Copel e a Sanepar trabalham para restabelecer o fornecimento de eletricidade e água nas regiões atingidas.
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As estradas estaduais também sofreram danos. O tráfego nas rodovias PRC-158, em Rio Bonito do Iguaçu, e PRC-466, em Guarapuava, foi interrompido, mas já foi liberado. A PR-170, porém, continua bloqueada e deve levar cerca de 10 dias para ser totalmente desobstruída, segundo o governo.
Força dos ventos
De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), há indícios de que o tornado tenha registrado ventos acima de 250 km/h.
A classificação preliminar do fenômeno é de categoria F2, que corresponde a ventos entre 180 km/h e 250 km/h. Caso seja confirmada a velocidade superior, o tornado poderá ser reclassificado como F3, que indica destruição severa.
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