TST determina manutenção de 80% do efetivo durante greve dos Correios

O Tribunal Superior do Trabalho impôs limites à greve dos funcionários dos Correios que começou na terça-feira passada. A decisão visa garantir a continuidade dos serviços postais considerados essenciais para a população.

A ministra Kátia Magalhães Arruda estabeleceu regras rígidas para a paralisação dos trabalhadores da estatal postal. A determinação judicial exige que pelo menos oito em cada dez funcionários permaneçam trabalhando durante o movimento grevista.

Leia também

• Greve dos Correios atinge 7 Estados; saiba quais e outros detalhes
• Correios ampliam meta de demissão voluntária e projetam cortes até 2027

O descumprimento da ordem resultará em penalidade financeira significativa. Cada sindicato que não respeitar a medida pagará multa diária de R$ 100 mil.

Quer receber mais notícias do Brasil e do mundo? Acesse o canal do DOL no WhatsApp!

Abrangência da greve

O movimento atinge nove estados brasileiros:

• Ceará e Paraíba (região Nordeste);
• Mato Grosso (região Centro-Oeste);
• Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (região Sudeste);
• Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (região Sul).

A magistrada fundamentou sua decisão na natureza essencial dos serviços postais. Segundo o entendimento judicial, a população não pode ficar sem acesso completo aos correios.

A ministra também destacou um aspecto procedimental relevante. A greve começou enquanto o processo de negociação coletiva ainda tramita no próprio TST.

Reivindicações dos trabalhadores

Os funcionários da estatal buscam conquistas em várias frentes:

• Novo acordo coletivo de trabalho;
• Reajuste nos salários;
• Soluções para a grave crise financeira da empresa.

A situação financeira dos Correios preocupa os empregados. A estatal precisa de empréstimo de R$ 12 bilhões do Tesouro Nacional para cobrir prejuízos recentes.

Posição da empresa

A administração dos Correios adotou estratégias para reduzir problemas para os usuários. Todas as agências permanecem abertas ao público durante o período de paralisação.

A empresa implementou planos de contingência específicos. Essas medidas buscam minimizar os transtornos para a população que depende dos serviços postais.