Mulher obrigada a imitar galinha será indenizada

O Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul decidiu que a empresa da Lins Ferrão Artigos de Vestuário terá que pagar R$ 15 mil de indenização a uma funcionária sob acusação de tê-la obrigado a imitar uma galinha cacarejando e batendo asas, como represália pelo descumprimento de uma meta de venda. A sentença foi dada pelo juiz Alcides Otto Flinkerbusch, da Vara do Trabalho de Alegrete (RS).

A vendedora alegou que o gerente costumava dividir os vendedores em dois grupos e estabelecia castigos para a equipe que vendesse menos ao fim de determinado período. Ela contou que, certa vez, os homens tiveram que se vestir de mulheres, e vice-versa. O gerente também fazia comentários depreciativos diante dos outros colegas, até mesmo na presença de clientes.

Abalada, a funcionária afirmou que precisou realizar tratamento para estresse e depressão, e ajuizou ação trabalhista pedindo indenização por danos morais.

Na sentença, o juiz decide que "a intimidação por meio de gritos e conduta hostil do representante da empresa e a submissão do trabalhador a situações vexatórias, mediante o uso de fantasias e imitação de animais, configuram-se ofensivas a dignidade e fazem devida a indenização por danos morais".

A pena inicial fixada foi de R$ 40 mil, mas os desembargadores diminuíram o valor da indenização R$ 15 mil. Ainda cabe recurso da sentença. (DOL, com informações da Metropolitana FM)