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Doença transmitida pelo beijo ataca jovens

É Carnaval, época bem movimentada em todo o país e, para muitas pessoas, é tempo de curtir distribuindo muita alegria e, quem sabe, alguns beijos por aí. Porém é bom sempre estar preparado e ter alguns cuidados. Uma das doenças mais recorrentes e “tradic

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É Carnaval, época bem movimentada em todo o país e, para muitas pessoas, é tempo de curtir distribuindo muita alegria e, quem sabe, alguns beijos por aí. Porém é bom sempre estar preparado e ter alguns cuidados.

Uma das doenças mais recorrentes e “tradicionais” desta época é a mononucleose infecciosa (Vírus Epstein-Barr). Não sabe que doença é essa? Pois então, ela é mais conhecida como “doença do beijo”, uma infecção viral que acomete, principalmente adolescentes e jovens adultos, na faixa entre os 15 e 25 anos.

De acordo com Glaydson Ponte, infectologista do Hapvida, muitas pessoas podem ter poucos ou nenhum sintoma, mas quando eles ocorrem geralmente se manifestam com febre alta, dor na garganta, com pus nas amígdalas, tosse, dor nas articulações e aumento de linfonodos (gânglios ou ínguas) no pescoço, podendo progredir para outras áreas do corpo. Pode ocorrer ainda dor abdominal com aumento de baço e fígado, sendo raro porém a icterícia (amarelidão nos olhos).

A transmissão da mononucleose se dá principalmente na fase aguda da doença, mas pode ocorrer até um ano após a sintomatologia e tem como principal transmissor a saliva. O vírus não é transmitido apenas pelo beijo, mas também pelo espirro ou tosse, podendo ser encontrado inclusive em copos mal lavados ou ao dividir canudos. Além da mononucleose, algumas infecções como a herpes labial também são transmitidas pelo beijo.

“Não há tratamento específico contra a mononucleose, apenas medicação sintomática para dor e febre, além de hidratação e repouso. O paciente geralmente se restabelece em poucas semanas, mas pequena proporção de doentes necessita de meses para recuperar seus níveis de energia anteriores à enfermidade”, destaca Glaydson Ponte.

(DOL)

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