Após ter ciência da advertência que irá levar por cuspir em Jair Bolsonaro (PSC-RJ), o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) afirmou, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (5/4), que faria tudo novamente. O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados rejeitou a pena de suspensão por 120 dias e determinou uma advertência por escrito que será lida no plenário.

“Guardo como um troféu. O que redimiu aquela noite pavorosa foi um cuspe na cara de um fascista. Foram seis anos sendo difamado e, quando fui chamado de ‘queima-rosca’ naquela hora por ele, cheguei ao meu limite. Cuspiria de novo sim”, desabafou Wyllys.

Entenda

Jean Wyllys cuspiu em Jair Bolsonaro  na sessão de abertura do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, no dia 17 de abril do ano passado.

O deputado fez campanha nas redes sociais e conseguiu o apoio de personalidades do mundo político contra a suspensão, como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff. Havia pressão até do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que a suspensão fosse revista. Maia considerava a medida exagerada.

Os conselheiros Júlio Delgado (PSB-MG), Marcos Rogério (DEM-RO) e Leo de Brito (PT-AC) apresentaram sugestões de pena mais branda para evitar que o processo fosse submetido à análise do plenário. O relator rechaçou os pedidos favoráveis à advertência por escrito e disse que Wyllys quebrou o decoro parlamentar. “Caberia inclusive a cassação do mandato, mas a gente levou em consideração alguns atenuantes, como as provocações sofridas”, respondeu Izar. O parecer foi rejeitado por nove votos contra quatro favoráveis.

(Com informações da Agência Estado)

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