Um servidor da Funai (Fundação Nacional do Índio) e cinco indígenas foram presos nesta terça-feira (9) por porte ilegal de arma em Ibicuí, sudoeste da Bahia.

Os seis estavam dentro de uma picape de propriedade da Funai, dirigida pelo servidor Rômulo Siqueira de Sá, no distrito de Ibutupã, zona rural da cidade. Com eles, a polícia apreendeu armas de fogo e munição.

As prisões aconteceram durante uma operação da Polícia Civil de Itapetinga e Ibicuí que investigava a atuação de uma milícia acusada de agressão, ameaças e roubo de gado na região.

Além do servidor da Funai, foram presos Walace Almeida de Jesus, Israel Sales Silva, Ricardo Costa Santos, Suelton Sales de Moura e José Aeliton Santos Silva, que afirmam ser índios da região de Buerarema, sul do Estado.

Segundo o delegado Márcio Allan Assunção, os policiais encontraram dois revólveres de calibre 38 e uma pistola 135 mm dentro do carro da Funai.

Em seguida, seguiram com os suspeitos até uma fazenda em Ibitupã, onde apreenderam duas espingardas, dois rifles e munição.

Os índios afirmam que a fazenda, que pertence a pequenos agricultores da região, teria sido doada a eles pelo empresário Luís Carlos Rodrigues Caribé.

Segundo o delegado Márcio Allan Assunção, responsável pelo caso, Caribé é apontado como líder de uma milícia que atua em Ibicuí e será intimado para depor. Há suspeita de que a terra tenha sido doada ilegalmente aos índios.

Os seis suspeitos foram liberados após pagamento de fiança no valor de um salário mínimo cada um. Eles responderão ao processo em liberdade.

Em nota, a Funai informou "que a Procuradoria Federal Especializada em Vitória da Conquista está atuando no caso e que aguarda informações dos servidores que estão no local". O órgão diz que só se manifestará após a conclusão do levantamento das informações.

A reportagem não conseguiu contato como Luís Carlos Rodrigues Caribé.

Fonte: FolhaPress

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