A Câmara dos Deputados autorizou por 263 a 227 (com 19 ausências e 2 abstenções), o arquivamento da denúncia da Procuradoria Geral da república contra o presidente Michel Temer. A votação no plenário aconteceu nesta quarta-feira (02) e contou com 492 parlamentares. Uma vez rejeitada, a denúncia fica parada. Ela poderá voltar a ser apreciada apenas quando Temer deixar o poder.

Temer foi acusado de corrupção passiva por ter supostamente recebido R$ 500 mil da JBS, entregues em uma mala a seu aliado, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Michel Temer é o primeiro presidente a ser denunciado no exercício do cargo.

Entre as justificativas utilizadas pela maioria dos parlamentares que votaram pelo arquivamento da denúncia, a importância da permanência do presidente Michel Temer para dar estabilidade econômica ao país foi a principal. Alguns congressistas também se referiram ao reforço da agricultura prometido pelo presidente, que na terça-feira (1º) teve um almoço com representantes da bancada ruralista no congresso.

A sessão foi aberta as 9h, com a presença de 65 deputados na Casa e nove no plenário. Desde as 7h, formou-se uma fila de parlamentares no plenário para fazer inscrição na lista de oradores que discursarão contra e a favor ao prosseguimento da denúncia.

Denúncia

No inquérito, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusou Temer de ter se aproveitado da condição de chefe do Poder Executivo e recebido, por intermédio do seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, “vantagem indevida” de R$ 500 mil. O valor teria sido ofertado pelo empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, que fez acordo de delação premiada na Operação Lava Jato.

A defesa do presidente Michel Temer argumentou que as provas contidas na denúncia não são concretas e que o presidente não cometeu nenhum ilício. Temer classificou a denúncia de "peça de ficção" e questionou a atuação de Janot.

(Com informações de Agência Brasil)

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