'Comer uma bela pizza' e 'curtir a família': esses são os desejos que, agora, um vendedor de 51 anos quer realizar após deixar a prisão, onde ficou 11 meses acusado de ter abusado dos próprios filhos. Após julgamento, ficou provado que as crianças mentiram nos depoimentos após serem espancados e coagidos por uma amiga da ex-mulher do vendedor.

O caso ocorreu com Atercino Ferreira de Lima, de 51 anos. Ele deixou a penitenciário nesta sexta-feira (2) após ser absolvido, pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, da acusação de abuso sexual contra os dois filhos.

Ele havia sido condenado a 27 anos de prisão e cumpria pena na penitenciária de Guarulhos, na Grande São Paulo. "Eu só tenho que agradecer a Deus muito, à minha esposa, meus amigos, meus filhos", declarou ao lado dos dois filhos, que foram acompanhar a soltura.

"Agora, vou para casa. Mais tarde [quero] comer uma bela de uma pizza, se assim Deus permitir, com meus amigos. E curtir a minha família, que é o que eu mais quero, mais gosto, o que eu mais amo na minha vida", disse Atercino, emocionado.

A verdade veio à tona depois que os próprios filhos, supostas vítimas do abuso, mudaram a versão fornecida nos depoimentos.

Eles disseram à Justiça que na época da denúncia, quando tinham seis e dez anos, mentiram sob ordens, em meio a espancamentos, de uma amiga da ex-mulher de Atercino, com quem moravam.

De 2004, ano da denúncia, a 2017, o vendedor apresentou diversos recursos em liberdade, até ser preso quando estava em seu local de trabalho, em abril de 2017.

(Com informações do portal UOL)