Para fazer frente a falta de informação sobre a intervenção militar, as lideranças de diversas favelas do Rio de Janeiro estão se organizando para fiscalizar e tentar um diálogo com os militares nos morros cariocas. De acordo com as organizações de moradores, desde que foi anunciada no mês passado, a intervenção dos militares, que conta com apoio do Governo Federal, ainda não abriu diálogo e nem esclareceu nada a população.

Os moradores estão criando comissões populares para articular um diálogo com os líderes da operação militar, com o objetivo de obterem mais informações sobre a operação que está prevista para durar até dezembro. As dúvidas são muitas segundo os moradores.

Se eles fizerem algo que não seja bom para a comunidade, quem a gente vai cobrar? O presidente Temer? Se alguma coisa acontecer aqui com os moradores da comunidade, a gente não sabe de quem cobrar”, diz ao portal UOL Cristiano Melo. Integrante de uma união comunitária entre todas as favelas do RJ.

Questionada pela reportagem do UOL, o governo do Rio demonstrou seu isolamento da situação, informando que o “interventor” é quem responde sobre uma possível reunião com os moradores.

Já o Gabinete de Intervenção Federal não respondeu se haverá ou não uma reunião com os moradores, apenas informando que “as Forças Armadas já conta com o apoio da população” e que possui “ouvidorias e canais abertos à população”.

(Fonte: UOL)

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