A Justiça do Rio de Janeiro está passando um pente fino para tentar punir os corruptos envolvidos no poder público, e pode sobrar até mesmo para Dom Orani Tempesta, ex-acerbispo da arquidiocese de Belém.

Em depoimento nesta terça-feira (26), o ex-governador Sérgio Cabral, condenado e preso por vários crimes de corrupção, declarou que o esquema de desvio de recursos na saúde pública do Rio também envolvia religiosos, inclusive com o conhecimento de Orani.

O ex-governador do Rio citou os contratos do Estado com a Organização Social Pró-Saúde, administrada por padres da Igreja Católica.

“Não tenho dúvida de que deve ter havido esquema de propina com a O.S. da Igreja Católica, da Pró-Saúde. O dom Orani devia ter interesse nisso, com todo respeito ao dom Orani, mas ele tinha interesse nisso”, declarou Cabral.

Em nota, a Arquidiocese do Rio respondeu que a Igreja Católica e seu arcebispo “têm o único interesse [de] que organizações sociais cumpram seus objetivos, na forma da lei, em vista do bem comum”.

RESPOSTA

Em nota, a Pró-Saúde informou tem colaborado com as investigações e, em virtude do sigilo do processo, não se manifestará sobre os fatos.

A entidade filantrópica reafirma neste momento o seu compromisso com ações de fortalecimento de sua integridade institucional, bem como com a prestação de um importante serviço à saúde do Brasil.

(Com informações do Estadão)

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