Os romeiros do Círio enfrentam sol, chuva e o cansaço para expressarem a sua fé em Nossa Senhora de Nazaré. E, com a retomada das romarias presenciais, muitos estão realizando caminhadas pelas ruas da capital paraense.
Durante a atividade, é preciso adotar alguns cuidados como a utilização de protetor solar e, também, se faz necessário manter o corpo bem hidratado, já que a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet-Pará) é de que, ao longo deste final de semana, as manhãs sejam ensolaradas e com temperaturas máximas oscilando entre 33°C e 35°C, sobretudo no período entre 11h30 até 15h.
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As mínimas ocorrem no início da manhã, entre 5h e 6h30, variando entre 22°C a 24°C. Nos últimos dias, os moradores da Região Metropolitana de Belém (RMB) têm sido surpreendidos com pancadas de chuvas acompanhadas de ventos fortes, que, inclusive, já causaram quedas de árvores e destelhamento de casas. As chuvas são isoladas, ou seja, ocorrem em algumas partes da região, geralmente no final da tarde.
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Para o meteorologista e coordenador do Inmet-Pa, José Raimundo Abreu, as pancadas de chuvas devem ocorrer neste final de semana, porém com ventos de menor intensidade e não devem atrapalhar, por exemplo, a Trasladação, no sábado à noite, e a procissão do Círio, no domingo pela manhã. “As manhãs serão ensolaradas, com sol entre nuvens, e no domingo o céu deve amanhecer parcialmente nublado com períodos de nublado. Ou seja, vai estar com nuvens cúmulos. O sol vai ficar entre nuvens e parcialmente nublado. Às 7h, a temperatura já deve estar nos 24°C, vai aumentando, e por volta das 11h já vai estar acima dos 30°C. De 12h a 14h vai estar entre 33°C a 35°C”, disse Abreu.
ATÍPICAS
O Inmet-PA avalia as pancadas de chuvas como atípicas, uma vez que a nossa região vivencia o período mais seco do ano. Porém, alguns fenômenos climáticos explicam este cenário.
De acordo com Raimundo Abreu, foram registradas pancadas de chuvas em cinco dias desse mês, que resultaram em um índice pluviométrico de 107 milímetros, equivalente a 107 litros de chuvas para cada metro quadrado da região. O volume já corresponde a mais de 70% da média histórica de chuvas, calculada para outubro nos últimos 30 anos, que é de 135.8 milímetros.
AQUECIMENTO
Sobre as chuvas no período mais seco do ano, Abreu ressaltou que são causadas pelo aquecimento da atmosfera. “Está havendo o aumento das chuvas no período mais seco, que é agosto, setembro, outubro e novembro, em decorrência do aquecimento da atmosfera. Estamos estatisticamente num período seco, só que devido às condições oceânicas e atmosféricas, ainda temos o evento da La Niña, que altera a circulação dos ventos, e o Oceano Atlântico está um pouco mais aquecido. A umidade oriunda do Atlântico intensifica o ar quente subindo e, com a umidade, formam-se nuvens carregadas, que têm causado ventanias”, destacou o meteorologista.
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