Belém amanhece nesta segunda-feira (27) envolta em emoção e gratidão. Após quinze dias de intensa devoção, romarias, promessas e fé compartilhada nas ruas, chega o momento da despedida: o Recírio, a última procissão da Festividade Nazarena de 2025. É o instante em que os sinos da Basílica soam com um tom de saudade e os devotos, ainda com os corações repletos de fé, acompanham a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré em seu retorno simbólico, marcando o fim oficial das homenagens à padroeira dos paraenses.
A programação começou cedo, às 6h30, quando a Imagem Original de Nossa Senhora de Nazaré foi conduzida ao Glória pelos membros da Diretoria da Festa de Nazaré (DFN): Michel Sena, Roberto Corrêa, Jorge Rezende, Ronaldo Martins, Ronaldo Pinheiro e Jorge Xerfan. Logo em seguida, às 8h, será celebrada a missa campal na Praça Santuário, presidida por Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Emérito da Arquidiocese de Belém.
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Após a missa, os fiéis se preparam para acompanhar a Romaria do Recírio, a 14ª e última procissão da festividade. O percurso, de aproximadamente 800 metros — o menor entre todas as romarias oficiais —, leva a Imagem Peregrina da Virgem de Nazaré em andor ornamentado por Djan Slaviero, passando pela Passagem Dom Alberto, contornando a Praça Santuário e seguindo pela Travessa Generalíssimo Deodoro e Avenidas Nazaré e Magalhães Barata, até chegar à Capela do Colégio Gentil Bittencourt.
A caminhada, que deve durar cerca de uma hora, reunirá segundo estimativas do Dieese-PA e da Diretoria da Festa de Nazaré, cerca de 50 mil pessoas. Um momento de fé coletiva que encerra, com emoção e gratidão, o maior evento religioso do Norte do Brasil.
DECORAÇÃO ANDOR RECÍRIO
Para a despedida do Círio neste ano de 2025, o tom escolhido foi o branco simbolizando paz, amor e pureza. As flores utilizadas no andor são rosas, lírios e orquídeas phalaenopsis que vemos ornamentando a imagem da Mãe que acolhe e abraça a todos os seus filhos.
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Um ato de fé que atravessa séculos
A história do Recírio remonta à metade do século XIX, mais precisamente a 1859. Naquele tempo, a procissão era realizada no domingo à tarde, marcando o retorno da imagem à Capela do Palácio do Governo, com missa e fogos de artifício encerrando a celebração na praça. Conhecido como o “Último Ato da Festividade Nazarena”, o cortejo simbolizava o fim das homenagens à Virgem de Nazaré, deixando nos fiéis a esperança do reencontro no ano seguinte.
Hoje, a tradição permanece viva. Após a procissão, a Imagem Peregrina permanece na Capela do Colégio Gentil Bittencourt antes de retornar à Basílica Santuário, onde ficará durante todo o ano — guardando consigo as preces e promessas de um povo que, a cada outubro, renova sua fé e sua devoção à Rainha da Amazônia.


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