Arquibancadas do Círio já estão à venda

Quem pretende assistir com uma visão privilegiada a trasladação ou a procissão do Círio de Nazaré 2011, já pode adquirir os ingressos das arquibancadas. As vendas começaram ontem e seguem hoje na loja Locus, da avenida Braz de Aguiar, em horário comercial.

A partir das 9h de segunda-feira estarão disponíveis também no quiosque montando na estrutura da arquibancada, na avenida Presidente Vargas, ao lado do Teatro da Paz. Os ingressos poderão ser encontrados ainda nas lojas Locus dos shoppings Pátio Belém, Castanheira e Boulevard, sempre em horário comercial.

Segundo Wady Khayat, coordenador da BelemTur, apesar de ter capacidade para seis mil pessoas, apenas cinco mil ingressos serão disponibilizados, dos quais 4.200 serão vendidos e 800 serão distribuídos gratuitamente.

A arquibancada é montada há 18 anos e, segundo Wady, é um atrativo para os fiéis que não acompanham o percurso a pé, e mesmo assim prezam pela aproximação com a imagem. “Conforto, comodidade e segurança são um dos principais atrativos, mas o fato de poder ver por cima a berlinda passando rodeada por um mar de pessoas com certeza é a emoção que os devotos procuram e que as arquibancadas proporcionam”.

A aposentada Graça Barbosa, 62 anos, assiste ao Círio da arquibancada há 10 anos. Em geral, prefere a trasladação. Segundo ela, o domingo é muito sufoco. “Quando meus filhos eram pequenos eu sempre esperava a Virgem Mãe passar nas manhãs de domingo pelas proximidades da Praça do Pescador, na avenida Boulevard Castilho França. Estacionávamos o carro e esperávamos, todos reunidos. Com o passar do tempo, a multidão foi aumentando e passou a ser quase impossível. Foi assim que começamos a ir para a arquibancada durante a trasladação”.

Em agosto de 1998 a aposentada perdeu um filho de 25 anos, magoada cogitou a possibilidade de não ir ao Círio. Porém, o coração devoto foi mais forte. “Foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida. Lá de cima eu vi a imagem de Maria Mãe de Jesus passar e encher minha alma de paz e um profundo conforto. Talvez se estivesse em outro local não tivesse passado por esta experiência de fé”. (Diário do Pará)