LEI: Em 15 de dezembro de 1971, foi promulgada a Lei de número 4.371, que proclama Nossa Senhora de Nazaré como patrona do Estado do Pará. Em parágrafo único, a lei determina que o Governo do Pará preste honras de Estado à padroeira dos paraenses anualmente.
DIA: No início, não havia data fixa para o Círio, que poderia ocorrer nos meses de setembro, outubro ou novembro. Mas, a partir de 1901, por determinação do bispo Dom Francisco do Rêgo Maia, a procissão passou a ser realizada sempre no segundo domingo de outubro.
INÍCIO: Em 1792, o Vaticano autorizou a realização de uma procissão em homenagem à Virgem de Nazaré em Belém, porém, o primeiro Círio aconteceu no dia 8 de setembro de 1793 e foi organizado pelo presidente da Província do Pará, capitão-mor Dom Francisco de Souza Coutinho.
ATRELAMENTO: Quando a corda começou a ser usada oficialmente, em 1885, era amarrada com nós na Berlinda no local onde hoje fica a Boulevard Castilhos França. Quando o Círio começou a sair da Catedral, a corda passou a ser atrelada na praça Felipe Patroni, por interferência de Dom Macedo Costa, porém voltou à Castilhos França, a 400 metros do início da procissão, devido ao crescimento da multidão.
IMAGENS: A imagem original de Nossa Senhora, encontrada pelo pescador Plácido José, tem 28 centímetros de altura, cabelos caídos sobre o ombro direito e carrega ao colo o Menino Jesus Despido com um globo nas mãos. Desde que foi encontrada, em 1700, ela já foi restaurada três vezes. Até 1969 ela era usada nas procissões do Círio, porém, posteriormente, foi substituída pela atual, encomendada pelo escultor italiano Giacomo Mussner. A imagem criada pelo italiano, que é a levada no Círio atualmente, não reproduz os mesmos traços da imagem original. Ela ganhou alguns traços da mulher amazônica e o menino Jesus recebeu características indígenas e caboclas.
MANTO: A lenda conta que a imagem de Nossa Senhora de Nazaré foi encontrada por Plácido já com um manto, tradição que foi mantida ao longo dos anos. Em 1953, a imagem original recebeu um manto bordado a ouro e pedras preciosas, ocasião em que também recebeu a Coroa Pontifícia. Diferente de hoje, até 1998, a doação do manto era guardada em sigilo e sempre fruto de promessas feitas a Nossa Senhora de Nazaré.
CORDA: Um dos maiores ícones do Círio, a corda tem, atualmente, 400 metros de comprimento, duas polegadas de diâmetro e é capaz de abrigar de 6,5 a 7 mil pessoas. Produzida em titan torcido de sisal oleado, até 2003, a corda tinha o formato de “U” com as duas extremidades atreladas à Berlinda, porém, a partir de 2004 ela passou a ter um formato linear. Nos anos 20, a corda chegou a ser eliminada do Círio pelo então arcebispo Dom Irineu Jofilly, que não entendia o comportamento dos promesseiros. A proibição, iniciada em 1926, durou cinco anos sob manifestações populares e políticas. Em 1931, o ícone voltou a fazer parte do Círio por intervenção do então governador Magalhães Barata.
QUEBRA: Nos três primeiros anos de utilização oficial da corda, não era difícil que ela se partisse, pois ficava guardada no porão da Basílica enrolada até o Círio seguinte. Com o suor do povo e a umidade natural do ambiente, ela ficava enfraquecida. Desde que passou a ser substituída a cada ano, ela não quebrou mais.
BERLINDA: A atual Berlinda que carrega a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré é a quinta da história. Em estilo barroco, a berlinda foi confeccionada em cedro vermelho pelo escultor João Pinto em 1964. Na parte interna, onde é colocada a imagem, o teto possui um cetim drapeado e pingentes de cristal. Apesar disso, a Berlinda foi introduzida na procissão pela primeira vez em 1855.
CARRO DOS MILAGRES: Um dos 13 carros que acompanham a procissão, o Carro dos Milagres se refere ao milagre que teria acontecido quando o fidalgo português Dom Fuas Roupinho recorreu a Nossa Senhora de Nazaré quando estava prestes a despencar num abismo com seu cavalo, em 1182.
BASÍLICA: A Basílica Santuário tem 20 metros de altura, 24 de largura e 62 metros de comprimento. É nela que, também, se encontra o conjunto de sinos mais antigo e completo do Brasil que data de 1966. Eles foram os primeiros eletrificados do país e são capazes de executar concertos, como os cantos sacros Ave Maria de Lourdes, Ave Maria de Fátima, Madona Marne, Noite Feliz, dentre outros. Construída no início do Século XX pelos padres Barnabitas para substituir a então Igreja de Nazaré, a Basílica foi elevada à condição de Santuário, em 1992. (Diário do Pará)

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