plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 25°
cotação atual R$


home
Cirio Logo
CÍRIO DE NAZARÉ

Quais serão os seus três pedidos?

Inspirada no trabalho da irmã que, sem que consiga se definir o início, já trabalhava com a confecção das tradicionais fitinhas do Círio, a autônoma Maria de Lourdes Flexa Ferreira mantém na família uma das tradições mais características do Círio de Nazar

twitter Google News

Inspirada no trabalho da irmã que, sem que consiga se definir o início, já trabalhava com a confecção das tradicionais fitinhas do Círio, a autônoma Maria de Lourdes Flexa Ferreira mantém na família uma das tradições mais características do Círio de Nazaré. Passado o trabalho de venda em frente à Basílica Santuário de Nazaré ainda no início do ano, é em um quarto em casa que ela começa a preparar as fitinhas que carregarão os pedidos dos fiéis de Nossa Senhora em outubro. “Vou comprando, pintando e guardando. Nessa época já tem que estar tudo pronto”.

Ainda que a história do surgimento do costume de amarrar a fita de Nossa Senhora , ao mesmo tempo em que se fazem três pedidos, não tenha sido apresentada à Maria de Lourdes até hoje, ela já alimenta a tradição há 26 anos. Além de tomar para si a atividade deixada pela irmã, ela ainda fez questão de aglutinar os dois filhos. “Começou com a minha irmã. Ela largou e eu continuei e fui puxando todo mundo para trabalhar junto”, orgulha-se, ao receber a ajuda do filho Mizael Michel não apenas na confecção, mas também nas vendas. “Sobrevivemos dessa venda. Já fico com a minha mão até dolorida de fazer as coisas. Pra esse período do Círio fazemos umas 200 mil fitas e vendemos tudo”.

No que depender do apreço que a universitária Carolina Almeida tem pela lembrança mais tradicional do Círio de Nazaré, não haverá dificuldade para escoar a grande quantidade de fitas que circulam e colorem os expositores de tantos autônomos. Certa de que a fé em Nossa Senhora de Nazaré lhe proporcionou a vitória esperada, ela usufrui até hoje do pedido concedido. “Coloquei uma fitinha quando entrei no ensino médio para que eu conseguisse passar por esse período de vestibular e outra no final do primeiro ano, quando eu perdi a primeira prova da Federal (Universidade Federal do Pará)”, lembra, sem esconder a presença de várias fitas, ainda hoje, em cada canto da casa. “Eu tinha as duas fitinhas e, por coincidência, puiu uma e, no mesmo período, a outra”.

Com o rompimento do símbolo da fé atribuída à padroeira dos paraenses às proximidades da última prova do vestibular, a crença de Carolina não poderia ter sido outra. “Elas romperam antes do resultado e eu achei que a fita era uma forma de estar o tempo todo protegida. Pensei que se tinha arrebentado é porque a minha graça estava chegando”, conta. “As fitas são um símbolo da fé, ainda mais quando a pessoa consegue manter até o final. Hoje a gente vai ganhando, comprando fitinha e vai simbolizando por toda a casa para Nossa Senhora estar sempre presente”.

VENDA

Acostumada a trabalhar de olho na entrada da igreja que abriga a imagem original da Virgem de Nazaré, Marluce vê a cidade encher de turistas durante o Círio, período em que, como não poderia deixar de ser, as vendas das tradicionais fitas são mais fartas. Entre a produção de um chaveiro e outro ao lado da barraca que expõe uma grande diversidade de lembranças, a mulher interrompe o movimento com as mãos para atender os que se encantam com as referências à Santa. “Meu marido pinta as fitas de Nossa Senhora e eu vendo. Quando eu conheci ele já trabalhava com isso. Já eu faço os terços de caroço de açaí, as lembranças”, explica, ao destacar a devoção pela principal inspiração do trabalho. “O nosso trabalho é muito abençoado. Sem Nossa Senhora de Nazaré não estaria aqui”.

Com o pensamento e o trabalho voltado para a Santa durante todo o ano, Marluce não esconde o carinho cultivado por Nossa Senhora desde muito cedo. “Me faz trabalhar o ano todo pensando nela, me inspirando nela”, comenta, ao informar que chega produzir de 20 a 30 mil fitas no período do Círio. “Até o dia em que eu conseguir eu vou trabalhar com isso”.

(Diário do Pará)

patrocinadores
VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Círio de Nazaré

    Leia mais notícias de Círio de Nazaré. Clique aqui!

    Últimas Notícias