Entre os voluntários mais novos da Cruz Vermelha no Círio deste ano, está o estudante Matheus Oliveira, 16. Apesar da pouca idade, ele demonstra maturidade de alguém que tem convicção da importância do seu papel na sociedade. O interesse em ajudar o próximo surgiu quando ele morava com um tio que trabalha no Samu. Matheus participou de vários cursos e um deles era para ser voluntário efetivo da Cruz Vermelha. 

No início, a avó com quem ele mora não apoiou a decisão. Achava que o neto poderia não dar conta pela sua pouca idade. Mas, com o passar do tempo, Matheus mostrou que a sua vocação era real. E até hoje surpreende a todos. “Sou evangélico e nunca tinha participado do Círio. Para mim, ajudar qualquer pessoa é maravilhoso. É um amor que não tem explicação. É gratificante ouvir que você ajudou alguém”. 

O gestor financeiro Luís Henrique Brito, 43, lembra que em 2012 foi socorrido por um voluntário da Cruz Vermelha. Ele pagava promessa na corda na procissão do Círio quando a exaustão não permitiu que terminasse o trajeto. Então, sentou-se numa calçada na avenida Nazaré. Quando viu, já estava sendo colocado numa maca. Alguém trajando calça vermelha se aproximou. “Até hoje não sei quem era, mas me atenderem muito bem.” Após isso, resolveu ser voluntário efetivo na instituição.

(Diário do Pará)

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