Diante da crise econômica, muitas mulheres brasileiras buscam caminhos alternativos para ganhar renda extra e conquistar a independência financeira. De acordo com pesquisa de 2015, patrocinada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a maioria delas corre atrás do empreendedorismo por necessidade, enquanto o homem por oportunidade. 

De acordo com a gerente de mercado do Sebrae, Keyla Reis, as mulheres ganham menos que os homens, têm mais facilidade em se adaptar aos novos negócios, são mais estudiosas e mais interessadas. “Por isso, encontram no empreendedorismo uma forma de ajudar no sustento da família”, diz. Entre os homens, apenas 32% abrem um negócio por necessidade. Já as mulheres representam 54%. 

Keyla Reis explica que, no ano passado, houve um aumento nessa participação feminina em razão do desequilíbrio da economia nacional. “Não são mulheres desocupadas, elas já estão no mercado, mas cumprem dupla jornada para aumentar a renda”, pontua. “Estão na alimentação, no restaurante, no comércio varejista de cosméticos. São atividades que dá para levar junto à atuação no mercado de trabalho, pois têm uma flexibilidade maior”, explica a especialista


BOM ATENDIMENTO E PREÇO JUSTO AJUDAM A COMEÇAR

Valéria Rêgo, 26 anos, trabalhava com a mãe e a irmã no ramo da cozinha industrial quando, há 3 anos, o negócio passou por dificuldades. Então, resolveu abrir seu próprio empreendimento, em uma área totalmente diferente. “Fechamos a cozinha, vendemos tudo e investimos no ramo de venda de roupas. Hoje, tenho minha própria loja e a minha irmã a dela. Consigo tirar todo meu sustento daqui”, conta.

Valeria Rêgo, empreendedora. (Foto: Ricardo Amanajás/Diário do Pará)

Agora, a boutique que leva seu nome tem uma clientela fiel. 

“O desafio maior é conquistar os clientes. Para isso, as redes sociais são uma ferramenta fundamental”, diz Valéria. “Todo início é difícil, mas tendo um bom atendimento e preço justo, você consegue”, assegura.

(Alice Martins Morais/Diário do Pará)

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