O Curso de Especialização de Educação Musical Decolonial, ofertado pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), no campus XVII, em Vigia, realiza inscrições para o processo seletivo a partir de amanhã, 9 de fevereiro até dia 9 de março, exclusivamente, de forma on-line. Todos os candidatos devem atentar à documentação a ser enviada ao se inscreverem. Os documentos devem ser digitalizados e anexados ao formulário de inscrição.
Serão ofertadas 30 vagas e, de acordo com o edital, o curso tem carga horária de 420 horas e será gratuito. Podem se candidatar à pós-graduação lato sensu, pessoas com graduação em Música, bacharelado ou licenciatura, bem como em áreas afins, desde que possuam experiência comprovada na área de Música.
O curso, com início previsto para o mês de abril, no campus da Uepa em Vigia, funcionará na modalidade semipresencial, com algumas disciplinas remotas, de segunda a sexta-feira, das 18h às 22h; outras, com encontros presenciais aos sábados, das 8h às 18h.
Uma abordagem decolonial
Professor Augusto Souto, coordenador da Especialização, ressalta que esta pós-graduação foi gestada no âmbito do grupo de pesquisa Educação Musical, Políticas, Decolonidades e Resistência (Empodera).
“Foi principalmente a partir do engajamento dos alunos da graduação, envolvidos nesse grupo, que começamos a sentir a necessidade de criar uma Especialização, para que os egressos do curso de Música, que residem naquela Região do Salgado Paraense, tenham a oportunidade de acesso à formação continuada”, relata professor Augusto.
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Sobre a perspectiva decolonial que estrutura a proposta, o coordenador do curso explica que o termo “faz referência a um pensamento crítico, a partir dos subalternizados”, disse. Ele explicou que o curso privilegia os saberes locais, os elementos da cultura local, segundo uma visão crítica em relação aos modelos da educação musical de origem europeia.
Para o professor Augusto, “(o modelo da educação musical) ainda traz uma abordagem tecnicista, privilegiando os elementos que constituem a cultura musical europeia. E o nosso objetivo, é que em diálogo com outros saberes, nós possamos privilegiar a nossa cultura”, concluiu.
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