A tecnologia é uma aliada para o desenvolvimento de atividades educativas e entretenimento de crianças. É comum os pais recorrerem ao uso de aparelhos eletrônicos para jogos e atividades online. Porém, o uso excessivo de celulares, tablets e computadores podem afetar as funções cognitivas das crianças.

A neuropsicóloga Karina Medrado é especialista e pesquisadora do tema. Segundo ela, “na parte frontal do cérebro, nós temos as habilidades relacionadas à atenção, raciocínio, planejamento e monitoramento, controle de impulso e memória. Nosso cérebro adora estímulo. Quanto mais estímulo visual e auditivo a gente oferece para ele, mais ele gosta e fica treinado com base nesses estímulos”.

Contudo, essas funções cognitivas ainda não estão completamente desenvolvidas por uma criança. As habilidades de memória e raciocínio, por exemplo, passam por um longo período de desenvolvimento. “Se o cérebro de uma criança é bombardeado durante horas com excesso de cores, luzes, sons e não é estimulado de outra forma, existem grandes chances que essa criança tenha dificuldades de manter a atenção. Por isso, o uso indiscriminado de tablets, celulares e computadores causa atraso no desenvolvimento das atividades cognitivas”, ressalta a especialista.

Além das funções cognitivas alteradas, há o risco de alterações emocionais e comportamentais, como falta de sono. O excesso luz de LED, presente dos eletrônicos, diminui a produção de melatonina, hormônio importante e indutor do sono. A Sociedade Brasileira de Pediatria orienta que menores de dois anos não podem usar eletrônicos e que as crianças acima dessa idade usem apenas durante uma hora por dia e com supervisão dos pais.

(Com informações da Assessoria) 

Foto: Reprodução

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