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SAÚDE

Dia Mundial da Hipertensão: saiba os riscos da doença

Em tempos de pandemia, é importante observar que os hipertensos têm mais possibilidades de complicações pela Covid-19

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Imagem ilustrativa da notícia Dia Mundial da Hipertensão: saiba os riscos da doença camera Reprodução

A hipertensão é uma doença crônica não transmissível, podendo ser assintomática ou não. Muitos sintomas são sugestivos de que pode ter alguma alteração na pressão arterial como tonturas, falta de ar, dor na nuca, dor de cabeça frequente, palpitações, náuseas, cansaço repentino e visão turva, assim como alguns fatores de risco como tabagismo, obesidade, sedentarismo, alimentação inadequada e histórico familiar aumentam as chances do surgimento da doença. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mais de 30% da população brasileira apresenta a doença.

No Dia Mundial da Hipertensão Arterial, lembrado nesta segunda-feira (17), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Controle de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, orienta a população paraense a procurar as Unidades Básicas de Saúde a fim de verificar a pressão arterial, que pode apresentar alguma alteração sem que a pessoa sinta um mínimo de mal-estar.

Em tempos de pandemia, é importante observar que os hipertensos têm mais possibilidades de complicações pela Covid-19. Além disso, existe uma nova diretriz da SBC, editada em novembro de 2020, para os novos valores de referência para a detecção da doença: nas medições feitas pelo paciente em sua residência, passou-se a considerar hipertensão arterial quando a pressão está igual ou maior que 130 milímetros de mercúrio (mmHg) por 80 mmHg. Antes, a classificação como hipertenso dava-se quando as medidas ficavam igual ou maior que 135 mmHg x 85 mmHg pela MRPA. Para as medições em consultório, os valores de referência para hipertensão continuam sendo de 140 mmHg x 90 mmHg.

A coordenadora do Programa de Controle de Doenças Crônicas Não Transmissíveis da Sespa, Silvia Corrêa, orienta que a população procure as Unidades de Saúde que oferecem o programa Hiperdia, que tem como objetivo cadastrar e acompanhar os pacientes hipertensos, a fim de que possa ser feita um controle da doença com a utilização de medicamentos, se necessário, que poderão ser adquiridos gratuitamente nas farmácias credenciadas no Programa Farmácia Popular mediante prescrição médica.

Os métodos do programa garantem também uma melhor qualidade de vida aos usuários, reduzindo os fatores de riscos e a morbi-mortalidade por essas doenças e suas complicações, priorizando a promoção de hábitos saudáveis de vida. “As Unidades Básicas de Saúde (UBS) espalhadas pelo Pará oferecem linha de cuidado da hipertensão e nós, da Sespa, capacitamos os médicos, enfermeiros e executores dos serviços de saúde municipais, estaduais e filantrópicos”, explica Silvia Corrêa.

Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), 2.562 mil pessoas no Pará foram internadas com hipertensão em 2020. Já neste ano, até o mês de fevereiro, houve 383 internações por conta da doença. Em comparação ao mesmo período do ano passado, houve uma redução de 31% nas internações por hipertensão.

As estatísticas do MS também estimam que cerca de 40% dos que já procuraram o programa não continuam o tratamento, o que pode comprometer a prevenção contra agravos piores, como a falência dos rins, que leva à máquina da hemodiálise, ao entupimento de artérias, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto.

Para casos mais complexos e agravos decorrentes da hipertensão fora de controle, as Unidades Básicas de Saúde poderão encaminhar pacientes para clínicas e hospitais públicos que possuem Cardiologia entre as especialidades oferecidas, como a Policlínica Metropolitana; o Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, em Belém - que é referência em Cardiologia para todo o Estado; Hospital Regional Dr. Abelardo Santos; Hospital Galileu e Hospital Jean Bitar, em Belém. Além desses hospitais, o Centro Integrado de Inclusão de Reabilitação (CIIR) possui a especialidade para crianças.

No interior do Estado, a especialidade é oferecida ainda no Hospital Regional da Transamazônica, em Altamira; Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém; Hospital Regional do Baixo Tocantins (Santa Rosa), em Abaetetuba; Hospital Geral de Tailândia; Hospital Geral de Ipixuna do Pará (GHI); Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá; Hospital Regional Público do Marajó (HRPM), em Breves, e Hospital Regional Público do Leste (HRPL), em Paragominas e o Hospital Regional do Tapajós, em Itaituba, que também oferece atendimento em emergência cardiológica.

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