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AUTOCUIDADO

Saiba o quanto a saúde mental é importante para os atletas

Priorizar a sua saúde e ter coragem de reconhecer suas falhas e recomeçar é fundamental em qualquer esporte

Imagem ilustrativa da notícia Saiba o quanto a saúde mental é importante para os atletas camera Reprodução/Instagram

A ginasta mais vitoriosa da atualidade, a norte-americana Simone Biles, além de ser uma grande atleta na ginástica, deu exemplo nas Olimpíadas de Tóquio, sobre o quanto é importante priorizar a saúde mental.

Nos últimos dias, ela havia dito que seu corpo e mente não estavam em sintonia. Após ficar fora das finais do individual geral, do salto, das barras assimétricas e do solo para cuidar da saúde mental, a atleta voltou a competir nos Jogos e garantiu o bronze.

Para o neurocientista, psicanalista e biólogo Fabiano de Abreu, este feito da ginasta norte-americana comprova que a saúde mental pode ser conquistada, através de autocuidado e autopreservação ”e que, às vezes, ela é usada como desculpa para justificar um outro problema sério na era atual, o narcisismo exacerbado, que fragiliza a saúde mental”, complementa.

Além disso, ele revela que "muitas pessoas usam desculpas para justificar derrotas, fracassos e erros, quando deveriam assumi-los, usando a oportunidade para aprender e demonstrar a verdadeira resiliência e humildade. Fazendo uso da autenticidade que é uma característica suficientemente forte e positiva para conquistar a admiração de qualquer pessoa. Principalmente por ser rara nos dias de hoje”, acrescenta.

Esse gesto de esconder as fragilidades, tão comuns para os atletas (e para as pessoas em geral), “pode estar relacionado à falta de saúde mental, ou apenas um desvio de conduta ou personalidade condicionada pelo reflexo do fanatismo que vivemos hoje. E por falar em fanatismo, este também pode ser uma disfunção na região límbica do cérebro que intercepta a região da lógica”, detalha o neurocientista.

Essa possibilidade da não aceitação da derrota dos atletas pode estar também relacionada à rede social.

“Ser celebridade potencializa o narcisismo e este, por sua vez, causa desordem emocional e inativa a região racional do cérebro. O espírito do 'o importante é competir' precisa prevalecer, já que também é exemplo para as crianças. A rede social transforma atletas em celebridades e isso pode prejudicar não só o espírito olímpico, como também o desempenho. Sob a forte pressão de aparentar perfeição nas performances, conquistando assim a medalha de ouro e o lugar mais alto do pódio”, detalha.

Mas numa competição para alguém ganhar, alguém tem que perder. Por isso, o especialista observa que esses problemas na saúde mental podem ser frequentes, entre competidores, prejudicando o desempenho e, às vezes, impedindo-os de competir.

“A fama endeusada desses atletas pode prejudicar a homeostase necessária para o competidor, prejudicando a região do cérebro que orquestra os movimentos com eficiência", explica Fabiano.

Para quem busca sempre o melhor no que faz, o profissional deixa um conselho: “não se vitimize nem tão pouco se considere imbatível. Somos humanos, oscilamos, erramos e acertamos, perdemos e ganhamos e seguimos nos equilibrando para manter o discernimento entre o certo e o errado, o muito e o pouco. Toda saúde começa na mente, todo adoecimento também começa lá”, reforça.

E, além de tudo isso, ele lembra que o corpo emite sinais de alerta, que não podem ser ignorados: “Quando o corpo físico manifesta sintomas, a mente já dava sinais que foram negligenciados. Não poderá haver saúde alguma, se não houver saúde mental. Querer ser herói é um narcisismo exacerbado, se vitimizar é o mesmo narcisismo às avessas. Equilibre-se! Todo atleta necessita manter o “equilíbrio” físico e mental”, finaliza.

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