plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 23°
cotação atual R$


home
ELAS

A Ultraviolência é coisa do passado

No filme “Laranja Mecânica”, o termo “ultraviolência” é usado de maneira recorrente. Sempre pensei, que este termo era muito bem aplicado para descrever a juventude representada no filme, que não por acaso, a linguagem excessivamente violenta chocou o púb

twitter Google News

No filme “Laranja Mecânica”, o termo “ultraviolência” é usado de maneira recorrente. Sempre pensei, que este termo era muito bem aplicado para descrever a juventude representada no filme, que não por acaso, a linguagem excessivamente violenta chocou o público e a crítica nos saudosos anos 70.

Já posso afirmar, que o termo caiu em desuso, podendo ser considerado anacrônico em muitas situações que envolvem a juventude contemporânea. Faço apresentações quase que diariamente para: pais, educadores, empresários, religiosos, representantes dos setores de segurança público e privado. Nestas apresentações, revelo um mundo ainda inexplorado pelos adultos. Mostro recortes atuais de: games, filmes, desenhos, revistas, sites, Vlogs, redes sociais, etc. Tento fazer um paralelo, entre os modismos virtuais e as atitudes descabidas advindas de crianças, adolescentes e jovens, que aparentemente, não possuem nenhuma noção do que é viver numa sociedade democrática de direito e deveres estabelecidos.

Numa de minhas apresentações, ouvi algo que vai ficar marcado em minha memória. Um coronel da Polícia Militar, pôde afirmar sem pestanejar: “mesmo testemunhando tanta coisa ruim em minha carreira de policial, NUNCA VÍ NADA IGUAL”. Cabe ressaltar, que o coronel em questão, trabalhou em presídios durante grande parte de sua carreira e que, por conta disso, testemunhou vários motins, assassinatos e brigas entre facções rivais.

Ainda assim, a diversão de inúmeras crianças, adolescentes e jovens, chocou o coronel da reserva, hoje avô em tempo integral. É importante frisar, que o avozinho, estava prestes a presentear seu netinho querido, com uma destas plataformas de violência gratuita, por puro desconhecimento do conteúdo. O vovô, não alfabetizado no mundo da tecnologia, estava a caminho da loja e ia atender aos anseios de uma insistente criança ávida por entretenimento de massa e sem nenhuma orientação sobre sua hora de folga.

Tive a oportunidade de entrevistar o doutor em engenharia eletrônica e um dos pioneiros no curso de ciências da computação pela USP (Universidade de São Paulo), o professor Waldemar Setzer. Também desconhecedor do conteúdo da hora de folga de nossos filhos e alunos. O professor ficou chocado assim que terminei a apresentação e afirmou: “é uma pena, que em crimes absurdamente violentos, as autoridades não chequem o que os criminosos: assistem, jogam ou compartilham na internet”.

Agora faz sentido, o motivo pelo qual centenas de jovens e adolescentes, tem total facilidade em: puxar o gatilho, torturar animais, queimar índios e mendigos, arrastar crianças do lado de fora do carro até a morte, entrar em escolas e matar inocentes, agredir professores, matar seus familiares, vizinhos e amigos.

Não deixei as crianças de fora por acaso, entendo que as mesmas também tem acesso a muito material podre, porém, ainda não tem força e altura suficiente para cometer um delito realmente impactante.Por pesquisa, prevenção ou intervenção; pais e educadores “FAÇAM ALGUMA COISA” ou vamos viver o resto de nossas vidas, apreensivos ou certos do risco, de que a ultraviolência ficou para trás e esta nova modalidade de violência, ainda inominada, pode estar em processo de maturação dentro de nossas casas, igrejas e escolas.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Elas

    Leia mais notícias de Elas. Clique aqui!

    Últimas Notícias