Para algumas pessoas, assumir a homossexualidade é algo muito difícil, afinal não é algo que se aprende na escola ou em livros, uma vez que quando se é heterossexual, essa "informação" não precisa ser dita a ninguém, porém, quando se é gay ou lésbica, mesmo não que a pessoa não seja cobrada por algo, existe um certo sentimento de obrigação moral de contar, inclusive também para evitar um relacionamento sustentando pela mentira.
Por mais que o assunto seja amplamente discutido atualmente, o preconceito contra homossexuais é uma realidade e, por isso, assumir a sexualidade para si e para os amigos e familiares não é uma tarefa fácil. Porém, é importante não esquecer que entre estas pessoas estão os melhores amigos e principalmente os pais. Neste último caso, a situação gera ainda mais ansiedade, afinal contar aos pais pode resultar em brigas, discussões e até mágoas para ambos os lados.
Para tentar evitar isso, ou para se preparar um pouco mais para este momento, confira algumas dicas de especialistas.
O psicólogo e especialista em relacionamentos, Alexandre Bez, destaca que a autoaceitação é fundamental. Se você tem sentimentos de culpa, se acha que está errado e que a sua forma de amar é pecado, ou ainda se você tem períodos de depressão, é melhor resolver primeiro estes problemas.
AUTOACEITAÇÃO
É básico assumir-se primeiro em outros ambientes antes de abrir o jogo com a família, inclusive por que, para enfrentar esta barra, você precisa estar muito seguro(a) e ter uma auto-imagem bem positiva de sua própria homossexualidade. Auto-estima é indispensável para ser feliz: "O primeiro passo para a autoaceitação é entender que a sexualidade é uma escolha individual e que ser lésbica ou gay é perfeitamente normal", afirmou.
A NÃO ACEITAÇÃO DOS OUTROS
É importante também identificar quais os familiares e amigos mais próximos e conversar com eles primeiro, principalmente para sentir o apoio deles. Além disso, é fundamental que os pais não saibam por terceiras pessoas e sejam um dos primeiros a saber. A psicóloga Roberta Dominguez, alerta também que é preciso estar preparada para possíveis situações mais delicadas, como a não aceitação de algumas pessoas: "É importante evitar entrar em discussões sobre o assunto, especialmente com pessoas religiosas e conservadoras. Nessa fase, é preciso não se deixar influenciar e abater pelas opiniões negativas", ponderou.
COMO CONVERSAR
O importante é demonstrar que a única coisa que vai mudar no relacionamento familiar a partir de agora, é que você deixará de viver na clandestinidade, continuando a mesma vidinha de amor e respeito como antes da revelação. Tranqüilize-os que você não viverá de escândalos, não será promíscuo(a) e que sabe como se cuidar. Ainda segundo Bez, independente da dinâmica psicológica da família, é preciso tratar do assunto com respeito quando a conversa for ocorrer: "O segredo é mostrar que essa opção sexual vai te fazer feliz e que não tem nada errado em assumir isso”, disse.
NATURALIDADE E PACIÊNCIA
Se seus pais são muito conservadores e se não desconfiavam de nada, certamente precisarão de mais tempo para se acostumarem com a idéia - o que pode levar meses ou até anos.
Se para você é muito importante manter bom relacionamento com a família, então além de ser paciente, evite qualquer conversa ou atitude que possa aumentar a vergonha ou raiva que passaram a sentir por você. Não entre em detalhes sobre sua vida íntima, só leve algum amigo gay ou lésbica à sua casa se tiver certeza que ajudará os teus pais a te aceitarem melhor. Ainda de acordo com o psicólogo, agir com naturalidade diante das pessoas também é essencial: "Se as pessoas próximas perceberem que você está feliz, aos poucos, aceitarão que ter uma sexualidade diferente não é nada de outro mundo”, afirma.
(com informações dos sites Marie Claire e M de Mulher)
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