O amor é um sentimento saudável, que nos leva a ser e fazer coisas melhores. Porém, quando ele se torna obsessivo, vira uma doença que pode prejudicar a vida profissional, pessoal e até mesmo a saúde.
Segundo a psicóloga clínica Andrea Lorena, o amor obsessivo pode ser considerado um transtorno psiquiátrico que causa dependência como se fosse uma droga, só que nesse caso, a droga não é um produto químico ou álcool, é o parceiro ou parceira.
O transtorno é caracterizado pelo exagero de prestar atenção e cuidados ao parceiro, de modo que a pessoa passe a deixar a própria vida em segundo plano para dedicar 100% do tempo ao outro: "É como o consumo de álcool que é uma droga aceitável e consumida socialmente. No começo você bebe e não percebe nada porque está dentro do normal, com o passar do tempo sua vida começa a girar em torno disso e você não percebe que está passando do limite", comparou a Dra.
Pesquisas mostram que as áreas do cérebro que são ativadas quando se está interessado por alguém são as mesmas da obsessão. É uma sensação química e quando o amor passa a ser doentio a pessoa tem crises se está longe ou sem o parceiro, tem sentimentos de culpa. É como se fosse uma droga que não se pode ficar sem.
Como consequência, a pessoa obsessiva despende ainda mais esforços para conquistar a atenção e afeto plenos do parceiro, que acaba se afastando cada vez mais, gerando um círculo vicioso.
MULHERES SÃO AS MAIS AFETADAS
Vale destacar que esse amor obsessivo não fica restrito a relação homem-mulher. Pode atingir também pais, irmãos, filhos e amigos. "Algumas mães gostam tanto dos filhos que acabam com o relacionamento amoroso deles e alguns amigos têm ciúme doentio pelo outro", exemplificou a profissional.
Segundo a psicóloga Sílvia Azevedo, o amor obsessivo atinge com mais freqüência as mulheres, mas os homens também podem sofrer desse mal. A pessoa doente se torna impulsiva e compulsiva devido ao vício. O amor se transforma em um sentimento destrutivo para o casal e que em alguns casos pode ocasionar tragédias como crimes e suicídios.
O transtorno pode atingir, principalmente as mulheres com mais de 30 anos e que não têm um relacionamento estável: "As mulheres estão mais seletivas e depois de determinada idade, quando encontram um parceiro, ficam doentes por ele e são capazes de fazer tudo para não perder essa relação", afirmou a Dra Sílvia.
SINTOMAS DO AMOR OBSESSIVO
As psicólogas listaram os principais sinais de que o amor tornou-se patológico e pode oferecer riscos. Neste caso, o tratamento mais indicado é a psicoterapia individual;
-Você sente abstinência quando o parceiro está distante, tanto física como emocionalmente;
-Você tem a sensação de que cuida do seu parceiro mais do que deveria, além do normal;
-Você não consegue parar de cuidar ou de prestar atenção ao parceiro;
-Você abandona seus planos, atividades sociais, compromissos pessoais e até mesmo profissionais pelo parceiro;
-Você gasta mais tempo do que gostaria (racionalmente) controlando as atividades do seu parceiro;
- Você abandona interesses e atividades antes valorizadas.
(com informações do portal Terra)
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