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Verdades e (mentiras) secretas

“Verdades Secretas”, novela das 23h da Rede Globo, está causando polêmica entre os profissionais do meio da moda por pintar uma realidade distorcida do mercado. Na trama, a modelo new face Angel se vê obrigada a se prostituir, agenciada com o tal do “book

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“Verdades Secretas”, novela das 23h da Rede Globo, está causando polêmica entre os profissionais do meio da moda por pintar uma realidade distorcida do mercado. Na trama, a modelo new face Angel se vê obrigada a se prostituir, agenciada com o tal do “book rosa”.

Mas afinal, ele existe? O DOL foi ouvir profissionais da moda paraense para saber se as verdades secretas da novela não estão mais para mentiras.

Para o produtor e proprietário da Bugaloo Models, Haroldo Queiroz, a agência de modelos apresentada na novela “não representa a grande maioria do trabalho sério de profissionais que conheço e respeito, e que já foram responsáveis pelo lançamento de muitos nomes de destaque no mercado fashion”.

Entretanto, ele acredita que o tal “book rosa” exista. “Sim, creio que ele existe realmente, já ouvi falar de agenciadores que vivem desse mercado paralelo. Como em toda profissão, existem jornalistas sérios e aqueles fantasiosos, que inventam notícias para se promover, como políticos comprometidos e os oportunistas. Médicos até que inventam cirurgias. É de se imaginar que exista sim um mercado paralelo”.

O que preocupa os profissionais é que na novela isso soa como a normalidade quando de fato não é.

A trama de Walcyr Carrasco mostra modelos saindo com empresários por dinheiro. Ficção?

Haroldo acha importante a questão ser levantada pela novela e alerta quando a agência pode não ser tão profissional. “Hoje com as redes sociais, é muito fácil que alguém se passe por agenciador e ganhe dinheiro ou alicie pessoas para o tal "Book rosa". Uma solicitação de fotos íntimas nos primeiros contatos já indica que a pessoa não é profissional. Diferente da solicitação de polaróides que é um material fotográfico comum às agências sérias”, orienta. “Quando alguém se diz fotografo e oferece um book gratuito, já da pra desconfiar. E se pedir que vá a um teste sem seus responsáveis, outro forte indício de que não é um trabalho sério”, aconselha.

OS PAIS

A produtora de moda e colunista do Diário Tânia Tatsch lembra que certa vez recebeu a ligação de uma mãe perguntando se a filha estava com ela: a garota havia saído de casa e dito que iria para uma produção de moda com Tânia, quando na verdade o trabalho nem existia. “Os pais tem que ficar atento, acompanhar nos primeiros trabalhos e conhecer os profissionais sérios”, diz ela, que também já foi modelo.

Tânia afirma que no mundo da moda como em qualquer profissão há os assédios “mas só vai para este outro lado quem quer. Cabe a garota aceitar ou dizer não”.

Segundo ela, hoje também é comum muitas pessoas se autointitularem modelos quando na verdade não o são.

`Para profissionais, gente que se autointitula modelo, quando não o é, acaba "queimando" a profissão (Foto: reprodução)

OS TOPS

A mesma opinião tem o modelo Vitor Gadelha, que trabalha há 10 anos no ramo. “Eu possuo DRT para trabalhar como modelo, assim como os profissionais sérios. Muitos não são e acabam queimando a profissão”, diz.

Ele garante que nunca recebeu nenhuma proposta mais ousada, mas afirma que a prostituição existe no meio. “Fica nítido quem faz um trabalho sério e quem faz esse tipo de serviço”.

Para quem quer seguir no mundo da moda, Vitor sugere não correr atrás. “Se você leva tipo, geralmente os convites ou algum profissional sério vai atrás de você. Outra dica é não fazer nada que não seja natural, nem ao seu corpo nem à sua conduta”.

Sobre o book rosa, a modelo Tayná Carvalho diz que “se existe, eu nunca vi”. Ela – que venceu um concurso nacional e trabalhou internacionalmente – disse que nunca presenciou em nenhuma agência séria esse tipo de situação.

“Mas como em toda profissão existe gente de todo tipo. Se houver alguma menina que faça, é por conta própria, não por causa da agência”, diz.

Para quem deseja se tornar a próxima top model, ela dá algumas dicas: “Procurar uma agência séria, ter alguém de confiança e ir acompanhada dos pais. Também trocar informações com outras modelos é importante, para saber se existem referências do profissional com quem se vai trabalhar”.

(Antônio Santos/DOL)

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