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Mais da metade da população está acima do peso

Hoje, o excesso de peso, o diabetes e a obesidade são os principais problemas de saúde que afetam a população da capital paraense, segundo estudo feito pelo Ministério da Saúde. Difícil associar a imagem do Brasil que passa fome e, ao mesmo tempo, aprese

Hoje, o excesso de peso, o diabetes e a obesidade são os principais problemas de saúde que afetam a população da capital paraense, segundo estudo feito pelo Ministério da Saúde.

Difícil associar a imagem do Brasil que passa fome e, ao mesmo tempo, apresenta dados tão alarmantes quando se fala em sobrepeso e obesidade. De acordo com o Ministério da Saúde, com base em dados divulgados esta semana pela VIGITEL – Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, o brasileiro está mais obeso. Em 10 anos, a prevalência da obesidade passou de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016, atingindo quase uma em cada cinco pessoas.

Em Belém, 54,4% da população está acima do peso, o que representa mais da metade da população de quase um milhão e meio de habitantes da cidade. Belém figura em um cenário preocupante, mas é apenas o quarto pior da região norte. Belém está atrás de Rio Branco com 60,6%, Manaus com 56,3% e Porto Velho 55,6%. Em todo o Brasil, Palmas (TO) e São Luís (MA) têm os melhores índices, com 47,7% e 47,9% respectivamente.

DOENÇAS CRÔNICAS

Ao contrário do que muitos podem imaginar, o que está em questão não é a aparência física. A cardiologista Sílvia Souza, da rede Hapvida, alerta que o crescimento da obesidade é um dos fatores que podem ter colaborado para o aumento da prevalência de diabetes e hipertensão, doenças crônicas não transmissíveis, que pioram a condição de vida do brasileiro e podem até matar.

Segundo a pesquisa, o diagnóstico médico de diabetes passou de 5,5% em 2006 para 8,9% em 2016. Em Belém, 6,6% da população sofre com a doença. A menor prevalência é na cidade de Boa Vista (RR), com 5,3% da população com diabetes; enquanto o pior cenário é o da cidade do Rio de Janeiro, em que 10,4% é diagnosticada com diabetes.

O levantamento do Ministério da Saúde mostra que o número de casos de hipertensão arterial saiu de 22,5% em 2006 para 25,7% em 2016. A capital paraense apresentou apenas o quinto melhor resultado da pesquisa, com 21,0% de prevalência da hipertensão. Os três melhores resultados são os de Palmas-TO (16,9%), Macapá-AP (17,6%) e Boa Vista-RR (17,9%). O pior cenário é, novamente, visto na capital fluminense: o Rio de Janeiro tem 31,7% de hipertensos na população.

A pesquisa nacional identificou algo que já se vê nas ruas brasileiras também: a obesidade aumenta com o avanço da idade. Mas mesmo entre os mais jovens, de 25 a 44 anos, atinge indicador alto: 17%. Excesso de peso também cresceu entre a população. O percentual de quem possui Índice de Massa Corporal (IMC) entre 25 kg/m² e 30 kg/m², passou de 42,6% em 2006 para 53,8% em 2016. Já é presente em mais da metade dos adultos que residem em capitais do país.

ALIMENTAÇÃO

As doenças crônicas associadas ao sobrepeso têm relação direta com o tipo de alimento que os habitantes das capitais têm consumido. “Alimentos considerados ultraprocessados, industrializados, têm sido muito mais consumidos do que antes, e isso aumenta a incidência de sobrepeso e hipertensão, uma vez que um dos principais ingredientes nessas composições é o sódio”, lembra a cardiologista.

A pesquisa revela exatamente uma diminuição na ingestão de ingredientes considerados básicos e tradicionais na mesa do brasileiro. O consumo regular de feijão diminuiu 67,5% em 2012 para 61,3% em 2016. E apenas 1 entre 3 adultos consomem frutas e hortaliças em cinco dias da semana. Esse quadro mostra a transição alimentar no Brasil, que antes era a desnutrição e agora está entre os países que apresentam altas prevalências de obesidade.

SAÚDE

Apesar de tantos cenários preocupantes, entre as mudanças positivas nos hábitos identificados na pesquisa, está a redução do consumo regular de refrigerante ou suco artificial. Em 2007, o indicador era de 30,9% e, em 2016, foi 16,5%. E cada vez mais pessoas estão realizando atividades físicas ao ar livre, este número cresceu cerca de 7% de 2009 até 2016.

A população com mais de 18 anos tem praticado mais atividade física no tempo livre. Em 2009, 30,3% da população fazia exercícios por pelo menos 150 minutos por semana, já em 2016 a prevalência foi de 37,6%. Nas faixas etárias pesquisadas, os jovens de 18 a 24 anos são os que mais praticam atividades físicas no tempo livre. Esse já é um passo importante, defende a cardiologista: “É essencial que se faça atividade física regularmente, pelo menos 30 minutos por dia de caminhada, pois o sedentarismo aumenta as chances de doenças cardiovasculares”, recomenda.

(Com informações do Hapvida Saúde)

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