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Perigo em volta do pescoço: saiba mais sobre o polêmico colar de âmbar

Você já ouviu falar no colar de âmbar? O acessório ganhou mais popularidade após famosas postarem fotos dos filhos, usado como “analgésico” natural para reduzir o incômodo provocado pelo nascimento dos primeiros dentes nos bebês. BABY DOL: Diário Onlin

Você já ouviu falar no colar de âmbar? O acessório ganhou mais popularidade após famosas postarem fotos dos filhos, usado como “analgésico” natural para reduzir o incômodo provocado pelo nascimento dos primeiros dentes nos bebês.

Para quem usa, o colar de âmbar, através do contato da “pedra” com o corpo da criança trazem inúmeros benefícios, como a diminuição do mal-estar da dentição em formação. No entanto, especialistas são taxativos ao afirmar que não existem estudos científicos que comprovem a eficácia do uso.

Pediatra alerta para o uso do colar de âmbar. (Foto: Arquivo pessoal)

A pediatra da Rede Hapvida Saúde e chefe de plantão da urgência pediátrica do Hospital Rio Mar, Aranda Haber, o colar de âmbar tem como princípio ativo o ácido succínio, substância que, segundo estudos químicos fortalece o sistema imunológico, estimula o sistema nervoso e melhora a atividade cerebral.

“Por conta disso, e também por acreditarem que ele funciona como analgésico e anti-inflamatório natural, amenizando dores da fase de dentição e as cólicas, muitas mães decidiram usar o colar em seus bebês. No entanto, além de não haver nenhum estudo científico que comprove os benefícios do colar, a prática pode ser perigosa. O maior perigo do colar é que ele pode sufocar a criança. Mas ele também pode se romper, fazendo com que a criança coloque as peças na boca, o que traz um risco de sufocamento por ingestão das pedrinhas”, alerta.

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Segundo Aranda, o uso do colar não é recomendado pelos pediatras, nem pela Sociedade Brasileira de Pediatria. “Não há estudos que comprovem a eficácia dele em aliviar as dores do bebê. O que se vê são relatos pessoais de mães que acham que tiveram algum resultado com o uso do colar”, explica.

MÃES CONTRA E A FAVOR DO USO

A falta de evidências científicas que comprovassem a eficácia, aliada aos riscos do uso fez com que Maria Tereza Jardim, mãe da pequena Izabel Andrade, de 1 ano e dois meses, decidisse não ser adepta ao colar de âmbar.

“Eu havia lido sobre o colar de âmbar bem antes de engravidar e nunca encontrei artigo que apontasse evidências científicas de seus benefícios, embora as empresas que vendam expliquem como funciona de forma convincente. Minha escolha por não usar na minha filha passa por essa falta de evidência científica somada aos riscos do uso de um colar "não certificado", que envolvem sufocamento, rompimento do fio e risco de a criança engolir as contas do colar”, pontua.

Tereza não é adepta ao uso do colar de âmbar. (Foto: Arquivo pessoal)

Embora tenha decidido não usar o colar de âmbar na filha, Tereza ressalta que sempre que é indagada sobre o assunto, orienta outras mães a pesquisar sobre o assunto.

“Embora eu tenha decidido não usar, quando alguma mãe pergunta sobre ele (o colar), eu explico sobre a falta de comprovação, mas oriento que, caso decida usar, procure pelo fabricante certificado que oferece menor risco no uso”, destaca.

Karla garante benefícios após o uso do colar de âmbar na filha. (Foto: Arquivo pessoal)

Diferente de Tereza, a mãe Karla Nascimento é fã do colar de âmbar. Ela iniciou o uso na filha Giovanna Nascimento, hoje com 1 ano e 9 meses, quando a menina tinha apenas três meses de vida.

“A Giovanna começou a usar aos 3 meses, nos primeiros sinais de incômodo por causa dos dentes que só nasceram de fato aos 6 meses. E desde que ela começou a usar, só teve benefícios”, garante Karla.

A mãe relembra que aos oito dias de vida, a filha teve uma alergia no ouvido iniciada após duas obras ao lado de onde moravam. “A princípio a médica achava que era amamentação que estava errada, depois que o banho estava sendo dado errado, usou vários tipos de remédios, fez muitos exames, até ser detectado uma dermatite atópica no ouvido. Essa dermatite com o tempo foi para o corpo. Desde que ela começou a usar o colar de âmbar, essa dermatite diminuiu drasticamente (e as loções dermatológicas caríssimas ficaram pra trás), assim como a saída dos dentes, deixou de ser um sofrimento”, garante a mãe.

Giovanna começou a usar o colar quando tinha apenas três meses de vida. (Foto: Arquivo pessoal)

Para Karla, o colar de âmbar não deveria ser usado apenas na saída dos dentes, mas também para ajudar a melhorar a imunidade, diminuir os frequentes resfriados que os bebês tem até os dois anos, assim como alergias.

“No começo ela usava o colar de âmbar durante o dia e a noite eu tirava para ela dormir, com medo do tal comentado sufocamento. Após ela completar um ano, fica direto com o colar e ai de quem tire dela, que ela faz um escândalo. Hoje ela tem 1 ano e 9 meses e o colar faz parte dela”, brincou a mãe.

INSTITUIÇÕES ALERTAM PAIS SOBRE OS RISCOS

Em alerta emitido em 2007, o Sistema de Alerta Rápido (Rapid Alert System ou RAPEX, na sigla em inglês) da Comissão Europeia, pediu aos pais que não utilizem o colar de âmbar em bebês por apresentar risco de asfixia, sob a justificativa de que o acessório pode arrebentar e as crianças podem colocar as pedras na boca, causando engasgamento.

De acordo o RAPEX, se o produto não segue as mesmas regras de segurança dos brinquedos, deve ser retirado do mercado.

Recentemente, na Alemanha, a Comissão Europeia exigiu que os colares de âmbar da marca Gallmayer fossem retirados do mercado, por não estarem de acordo com as regras de segurança e acarretarem risco de asfixia e até de estrangulamento.

A organização portuguesa Deco Pró-Teste, de defesa do consumidor, também apontou que estudos realizados por duas agências governamentais ligadas à segurança do consumidor, uma australiana (Australian Competition & Consumer Comission) e outra irlandesa (National Consumer Agency), mostraram que o colar de âmbar pode facilmente se arrebentar, correndo o risco de engolir ou inalar as pedrinhas soltas e até enfiá-las no nariz. Segundo as agências, há também o risco elevado de asfixia, em especial para menores de 3 anos.

A Children Safety Europe, instituição de proteção das crianças, também já emitiu alerta sobre o perigo desse acessório. Para a instituição, esse tipo de colar é considerado um brinquedo e deve obedecer as regras de segurança, além de ter a chancela da Comissão Europeia – no Brasil teria de ser aprovado pelo Inmetro. A instituiçao não recomenda o uso de colaresde âmbar por crianças menores de 2 anos.

VAI USAR MESMO ASSIM? CONHEÇA MAIS!

E você, internauta, o que acha do uso do colar de âmbar em crianças?

Reportagem: Andressa Ferreira/DOL

Coordenação: Enderson Oliveira/ DOL

Multimídia: Gabriel Caldas/DOL

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