No Dia Internacional da Mulher, 08 de março, o público feminino é merecidamente celebrado por suas contribuições e conquistas em diversas áreas, mas também é uma oportunidade para entidades de saúde fazerem seus alertas sobre doenças que acometem as mulheres de forma muito especial. Por isso, a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac) chama a atenção para o fato de o público feminino ser mais suscetível ao desenvolvimento de algumas arritmias cardíacas, problema que afeta o ritmo das batidas do coração, podendo levar a morte súbita.

Segundo a cardiologista coordenadora do Departamento da Mulher da Dobrac, Iara Atié, “as mulheres são mais propensas a alguns tipos específicos de arritmias cardíacas, apresentando frequência cardíaca média (em repouso) mais elevada; fibrilação atrial (arritmia mais comum) de modo diferente e com episódios mais duradouros; resposta ventricular mais rápida e incidência maior de complicações cardioembólicas”.

No que tange aos fatores hormonais em relação às doenças cardiovasculares, a especialista explica que eles tendem a oferecer mais ameaças a partir da menopausa, em que a mulher tem uma queda no nível do estrogênio, hormônio que oferece proteção natural ao coração, podendo levar ao acúmulo de gordura nas artérias.

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Para se ter ideia da importância do alerta, o número de mortes causadas por doenças cardiovasculares no Brasil e no mundo superam as causadas por tumores de mama e útero, muito especialmente em virtude da falta de diagnóstico e tratamento em tempo hábil. “Quando se trata de exames preventivos, as mulheres se acostumaram a procurar ginecologistas, mastologistas, mas ainda não se educaram para a saúde do coração, sofrendo de problemas com consequências importantes para a qualidade de vida, bem como risco de morte”, relata a cardiologista.

A adoção de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e prática de atividades físicas, especialmente monitorada a partir dos 40 anos, é importante e deve se somar a rotina de consultas anuais ao cardiologista. E uma vez diagnosticada a arritmia, ela precisa acompanhada de perto pelo especialista para a indicação do tratamento adequado, que pode envolver medicamentos e cirurgias.

(Com informações da Assessoria) 

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