Em fase de testes, a pílula anticoncepcional masculina promete chegar ao mercado em breve. O medicamento é composto por testosterona alterada que combina um hormônio masculino, o androgênio e a progesterona, contudo há efeitos colaterais já relatados.

Como princípio ativo, a pílula ajuda na redução da produção de espermatozóides sem prejudicar a libido. Mas, antes de ser comercializada, será necessário esperar pelo menos 10 anos.

Na terça-feira (26), os resultados da primeira fase de estudos foram apresentados no encontro anual da Sociedade de Endocrinologia, em Nova Orleans, nos Estados Unidos. 

Segundo as informações divulgadas pela agência pública de notícias alemã Deutsche Welle. O contraceptivo masculino chama-se 11-beta-MNTDC e já foi testado em 40 homens.

14 receberam doses de 200 miligramas, e 16 receberam doses de 400 miligramas. Outros 10 receberam uma cápsula placebo. Todos os participantes ingeriram as pílulas uma vez por dia, no total de 28 dias. Após esse período, os participantes que tomaram o contraceptivo apresentaram queda no nível de testosterona – hormônio ligado à fertilidade, à formação de músculos e ao desejo sexual.

Alguns homens relataram também casos de fadiga, acne e dores de cabeça, mas não foram apresentados efeitos colaterais mais sérios.

Com esses resultados iniciais do 11-beta-MNTDC, os pesquisadores irão realizar testes por períodos, de 60 e 90 dias. O objetivo é verificar como isso vai afetar a produção de esperma. Se a pílula repetir os bons resultados desta primeira fase, ela será testada em grupos de participantes maiores e, em seguida, em casais sexualmente ativos. 

A pesquisadora Stephanie Page, da Escola de Medicina da Universidade de Washington, disse que, segundo as pesquisas já realizadas, cerca de 55% dos homens em relacionamentos estáveis estão mais sucetivéis a tentar métodos contraceptivos hormonais caso seus efeitos sejam reversíveis.

(Com informações do Portal Metrópoles)

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